Eurico de Barros
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Absurdo lisboeta
Ouvido ontem na SIC Notícias: quem quiser filmar ou fotografar em Lisboa usando tripé, terá que obter a devida licença municipal. Se não a tiver e for apanhado, pagará uma coima equivalente ao salário mínimo nacional. Como é isto? O chão de Lisboa, seja pavimentado, alcatroado, relvado ou mero terriço, é propriedade da Câmara Municipal, para esta poder construir as mais absurdas disposições a partir dele? E se o fotógrafo ou o operador de câmara, em vez de um tripé, trouxer um caixote ou uma cadeira para apoiar o material ou para se sentar, também é multado? E se o tripé for coxo de uma das pernas, paga só metade ou um terço da coima? E pode-se usar o tripé para rachar ao meio a cabeça da bestiaga camarária que se lembrou desta nova licença, com o fim de aspirar os bolsos ao cidadão amador de tirar retratos ou fazer filmes, aos profissionais da imagem e aos turistas? Além de cada vez mais suja e esburacada, a Lisboa do presidente Costa, residente em Sintra, está cada vez mais absurda.
Eurico de Barros
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2 comentários:
Se se entender o tripé como um dispositivo de suporte do equipamento fotográfico (ou análogo), então tudo é passível de taxa e coima. Até as duas pernas do portador do dito equipamento. Resta saber se será sujeito passivo de tal taxa ao se posicionar para fazer uma fotografia, ou pelo simples facto de circular pela cidade na posse de uma máquina fotográfica.
A rapina fiscal não conhece fronteiras.
Costa
Os mais velhotes ainda se recordam da licença de isqueiro....?
JA
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