(...)
Ora, analisado o Plano de Saneamento Financeiro remetido pelo Município de Lisboa, e, pese embora a prudência que, no caso em apreço, em algumas previsões, evidencia, o certo é que, para além de uma certa vacuidade de algumas das medidas que se propõem, a estatuição do factor risco, está desconsiderado em muitas das previsões que são efectuadas.
Nesta conformidade, é possível, desde logo, afirmar que a “substância” do mesmo levanta muitas dúvidas em matéria de concretização, caracterização e quantificação das medidas a tomar.
Nesta linha de pensamento, poderá dizer-se que, entre outras, se evidenciam, no Plano de Saneamento Financeiro, as seguintes “debilidades” :
Nesta conformidade, é possível, desde logo, afirmar que a “substância” do mesmo levanta muitas dúvidas em matéria de concretização, caracterização e quantificação das medidas a tomar.
Nesta linha de pensamento, poderá dizer-se que, entre outras, se evidenciam, no Plano de Saneamento Financeiro, as seguintes “debilidades” :
(...)
(seguem-se várias páginas com a descrição de uma dezena das ditas “debilidades”)
Retirado do Acórdão nº 26/08 de 19 de Fevereiro de 2008 do Tribunal de Contas
É importante referir que esta solução que foi chumbada pelo Tribunal de Contas foi a que o PS e o Bloco de Esquerda quiseram. Para tal até beneficiaram da viabilização de outras forças partidárias.
A responsabilidade pelo impasse a que agora se chegou é da inteira responsabilidade do Dr. António Costa. A responsabilidade é particularmente grave pois foi o Dr. António Costa, enquanto ministro do actual governo, o responsável pela lei que, de acordo com o Tribunal de Contas, não foi respeitada neste processo.
Ainda assim, em tempo, foram apontadas alternativas bem sustentadas a este caminho e que, teimosamente, não foram acolhidas pela maioria que governa a câmara.
É importante sublinhar que o argumento utilizado (por pura conveniência partidária) de se estar perante uma situação de desequilíbrio conjuntural, foi negado pelo Tribunal de Contas, que conclui que a câmara de Lisboa se encontra perante uma situação de desequilíbrio estrutural. Quer isto dizer que a dívida acumulada não é dos últimos seis anos como tem sido conveniente afirmar, mas tem origem bastante mais atrás.
Lamento, lamento mesmo, pela cidade de Lisboa, que se tenha chegado a esta situação de impasse. Espero que, agora, o Dr. António Costa abandone a posição sobranceira com que conduziu esta questão e que esteja, mesmo tardiamente, disponível para atender as sugestões já enunciadas que possam contribuir para ultrapassar esta situação.
É que é importante que se diga que esta situação de impasse, no presente momento, serve mais ao Dr. António Costa como álibi para nada fazer, do que à oposição que tem sido apontada como responsável por toda a dívida (apesar de o Tribunal de Contas ter demonstrado que tal não corresponde à verdade).
(seguem-se várias páginas com a descrição de uma dezena das ditas “debilidades”)
Retirado do Acórdão nº 26/08 de 19 de Fevereiro de 2008 do Tribunal de Contas
É importante referir que esta solução que foi chumbada pelo Tribunal de Contas foi a que o PS e o Bloco de Esquerda quiseram. Para tal até beneficiaram da viabilização de outras forças partidárias.
A responsabilidade pelo impasse a que agora se chegou é da inteira responsabilidade do Dr. António Costa. A responsabilidade é particularmente grave pois foi o Dr. António Costa, enquanto ministro do actual governo, o responsável pela lei que, de acordo com o Tribunal de Contas, não foi respeitada neste processo.
Ainda assim, em tempo, foram apontadas alternativas bem sustentadas a este caminho e que, teimosamente, não foram acolhidas pela maioria que governa a câmara.
É importante sublinhar que o argumento utilizado (por pura conveniência partidária) de se estar perante uma situação de desequilíbrio conjuntural, foi negado pelo Tribunal de Contas, que conclui que a câmara de Lisboa se encontra perante uma situação de desequilíbrio estrutural. Quer isto dizer que a dívida acumulada não é dos últimos seis anos como tem sido conveniente afirmar, mas tem origem bastante mais atrás.
Lamento, lamento mesmo, pela cidade de Lisboa, que se tenha chegado a esta situação de impasse. Espero que, agora, o Dr. António Costa abandone a posição sobranceira com que conduziu esta questão e que esteja, mesmo tardiamente, disponível para atender as sugestões já enunciadas que possam contribuir para ultrapassar esta situação.
É que é importante que se diga que esta situação de impasse, no presente momento, serve mais ao Dr. António Costa como álibi para nada fazer, do que à oposição que tem sido apontada como responsável por toda a dívida (apesar de o Tribunal de Contas ter demonstrado que tal não corresponde à verdade).
António Prôa
6 comentários:
Aos senhores juízes do TC não faltam vírgulas. Falta a mais elementar noção de como colocá-las.
A culpa agora é do Tribunal de Contas...
A C. M. L. bateu no fundo. Ainda bem. Agora terá de renascer. Esperemos que em moldes diferentes. E da popa à prôa!
A manutenção da agonia, pois o que era este empréstimo se não mais um BALÃO DE OXIGÉNIO PARA UM DOENTE TERMINAL, só tornaria mais difícil este renascimento.
No "borda fora" que se espera aconteça em breve, não se salva nenhuma força política das que desgovernaram a Autarquia nos últimos vinte e cinco ou mais anos. Já o suspeitávamos...
É caso para dizer, nem sequer há o risco de deitar fora o bé-bé com a água do banho. Que já nem água era. Só merda, mesmo.
O Interregno.
Não reconheço em António Costa postura que se identifique com "álibis".
Esperava que, apesar dos pesares, a nobreza de carácter do Eng. Carmona Rodrigues não lhe permitiria vir imediatamente a terreiro congratulado com o chumbo do Tribunal de Contas.
Acontece...
António Costa não sabe o que é ser autarca.
Não tem dimensão de alma para isso!
Achava que, tendo sido um dos Ministros com mais poder, bastava pedir que todos se lhe vergavam.
Mas ser autarca é sofrer, é suar. É ter o credo nas mãos a cada instante.
Resta saber se vai pedir a Sócrates.
Ou se o pedido não estava já feito e este processo foi "retórico"...
Um abraço, caro António, do Psicolaranja.
È preciso topete....
O sr Antonio Proa, membro da anterior vereação que deixou a Camara de Lisboa, de pantanas.
O Sr Antonio Proa, que é RESPONSAVEL pelos calotes, que esta vereação herdou.
O Sr Antonio Proa, que não se preocupou em pagar aos empreiteiros, que faziam obras no seu departamento , Os Espaços Verdes, e que levaram á paralizaçãso entre outras , do Jardim e Miradouro de S. Pedro de Alcantara.
Vem agora, com esta LATA, criticar, a forma como o Antonio Costa , com o apoio do Sá Fernandes, tentaram PAGAR , como pessoas de bem, os CALOTES QUE HERDARAM.
Pena foi que o Tribunal de Contas não estivesse tão atento, quando permitiu a Santana Lopes, Carmona Rodrigues e Antonio Proa, entre outros, gastarem á tripa forra, sem que a Camara tivesse forma de pagar, os seus desmandos.
Parabéns António pela posta. O sujeito que antes de mim escreveu é nitidamente um social democrata daqueles que gostava de viver à conta do partido. É pena que o nosso partido esteja cheio desta gente. Até na actual vereação do PSD... Gente que não tem vida própria. Gente mesquinha e invejosa.
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