"Exposição inédita mostra plano histórico que transformou a cidade e que assinala a passagem dos 250 anos sobre o plano urbanístico elaborado na sequência do terramoto de 1755, estará patente até 1 de Novembro.
Organizada pela Câmara Municipal e pelo Turismo de Lisboa, a exposição “Lisboa 1758, o Plano da Baixa hoje” visa dinamizar o debate em curso sobre a reabilitação da baixa da capital portuguesa e dar a conhecer, ao grande público e aos especialistas, o processo urbano de reconstrução do centro de Lisboa pós-1755.
Trata-se, igualmente, de uma oportunidade única para ficar a conhecer, através de material audiovisual, todos os elementos constituintes de um dos planos urbanísticos mais relevantes, consistentes e coerentes jamais produzidos em Portugal.
Três anos depois do terramoto que destruiu Lisboa em 1755, uma série de decretos reais, então elaborados, definiram o futuro desenho urbano e arquitectónico, as regras administrativas e a engenharia financeira subjacentes à renovação da baixa da cidade.
Este conjunto codificado de regras urbanísticas muito precisas constitui, provavelmente, o primeiro plano urbano moderno nacional, que apresenta como particularidade o facto de ter sido concretizado.
A mostra está organizada em três secções principais, a primeira referente aos contextos e antecedentes ao plano. A segunda secção é alusiva ao plano de 1758, em todas as suas perspectivas e características, com especial relevância para as questões metodológicas. Por último, a terceira fase é relativa à evolução da área-plano da baixa entre a segunda metade do século XVIII e a actualidade, incluindo a estratégia delineada pelo actual Executivo para a revitalização desta zona de Lisboa.
Comissariada por Ana Tostões, do Instituto Superior Técnico de Lisboa e por Walter Rossa, da Universidade de Coimbra, com design do ateliê Henrique Cayatte, a exposição “Lisboa 1758, o Plano da Baixa hoje” disponibiliza, também, um espaço destinado às actividades do Serviço Educativo e outro local onde os visitantes poderão fixar sugestões sobre a regeneração da Baixa-Chiado.
“Lisboa 1758, o Plano da Baixa hoje” constitui uma oportunidade única de celebrar e conhecer a história e o planeamento urbanístico de uma das zonas mais importantes do país: a baixa lisboeta. "
Esta Mostra está patente no Páteo da Galé (Ala Poente)- Praça do Comércio- todos dos dias, das 11H00 às 19H00, até ao dia 1 de Novembro de 2008
(ISABEL G)
3 comentários:
"Trata-se....de um dos planos urbanísticos mais relevantes, consistentes e coerentes jamais produzidos em Portugal."
Pois é.....e passados 250 anos, onde chegamos? Ou estamos condenados a visitar o passado, para encontrar urbanismo decente....e coerente?
JA
E os Técnicos Superiores de História, alguns até são investigadores, não servem para realizar a exposição? A Cultura está entregue à bicharada.
Uma das piores exposições que vi, que dinheiro mal empregue. Textos tecnocráticos pejados de erros que não sabem criar níveis de profundidade nem construir uma narrativa interessante. Uma que exposição que quer mostrar demais, onde se afloram fundamentos e se disserta sobre detalhes. Já o design deveria envergonhar o atelier de Cayatte, com soluções desajustadas e que funcionam mal (ex. black box), "a armar" mas de uma pobreza de ideias evidente, entre blocos de texto que se encavalitam e legendas impossíveis de relacionar com imagens. Depois de levar com duas partes maçudas e desinteressantes em termos expositivos, o tema da exposição - Plano da Baixa Hoje - é explicado ao visitante a correr e de forma quase infantil. Fica-se com a sensação que a exposição é somente um acto político, resolvida em cima do joelho e com as pessoas erradas. Se é assim que se fazem planos e se os explica aos portugueses, deixem-nos antes continuar com o charme do caos e do improviso.
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