sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Nunca ouviram falar de Sísifo...


«JN»: O avanço do mar destruiu, esta madrugada, as obras de reposição de pedra que estavam a decorrer há dois dias no paredão junto ao parque de campismo do Inatel, na Costa de Caparica.
A força do mar voltou a destruir a defesa aderente em pedra e a galgar o paredão, colocando em risco os parques de campismo do Inatel e o Clube de Campismo de Lisboa, segundo a Agência Lusa.
Mas, esta manhã, as obras de reposição continuam. O Instituto da Água iniciou a intervenção no local na terça-feira, depois do avanço do mar ter provocado a derrocada das pedras que sustinham o paredão, abrindo dezenas de rombos, alguns deles destruindo de um lado ao outro a defesa aderente existente.
Para esta tarde esperam-se marés fortes, na ordem dos quatro metros.

2 comentários:

Anónimo disse...

«JN:

Uma família moradora no bairro piscatório de Esmoriz foi, ontem à noite, evacuada de casa, depois de, pelas 18 horas, o mar ter entrado em várias habitações situadas a poente da Rua dos Pescadores. Por precaução, já que se previa que a maré cheia das 6.00 horas de hoje pudesse colocar em risco a população, a Câmara Municipal de Ovar e a Junta de Freguesia de Esmoriz acharam por bem proceder a uma evacuação. No entanto, tal medida só foi aceite por uma família constituída por três pessoas. Os restantes moradores, apesar de dizerem que iriam passar a noite em claro "com medo do que o mar pudesse fazer", preferiram, ainda assim, não ser realojados num hotel da cidade, de forma a salvar os seus bens.

O avanço do mar aconteceu depois de parte da defesa da costa ter abatido com a forte ondulação que se tem verificado nos últimos dias. O presidente da Câmara, Manuel Oliveira, já havia alertado, há três dias, o presidente do Instituto da Água (INAG) e a Comissão Coordenadora de Desenvolvimento Regionaldo Centro (CCDRC) para a necessidade de obras de prevenção. Ontem, o autarca voltou a reiterar essa necessidade, junto da Secretaria de Estado do Ordenamento do Território. "Técnicos do INAG e da CCDRC já estiveram aqui a analisar a situação. Mas isso não nos chega. O que é preciso aqui são obras de prevenção. Queremos prevenir para que não tenhamos de remediar", afirmou Manuel Oliveira.

"O que precisávamos é que fôssemos mais como a Costa de Caparica. Então, sim, dar-nos-iam atenção", criticou o presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz, Alcides Alves. "O Governo tem de resolver esta situação o mais depressa possível , sob pena de, se não o fizer, ter de assumir as responsabilidades perante qualquer catástrofe que aqui aconteça", acrescentou.

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Natacha Palma

Carlos Medina Ribeiro disse...

Sobre (Trabalhos de) Sísifo, ler:

http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADsifo