Carmona enfrenta oposição após discurso controverso
Carmona Rodrigues enfrenta amanhã, pela primeira vez, a oposição camarária depois do aceso discurso proferido na passada terça- -feira na assembleia municipal. Recorde-se que na altura toda a vereação se manifestou indignada com algumas das afirmações do presidente da autarquia lisboeta, acusando-o de ter sido "desleal" e de "faltar à verdade". Amanhã, em reunião de câmara, Carmona terá pela frente um novo desafio, até porque os vereadores do PS, CDS/PP e Bloco de Esquerda já avisaram: "Se havia poucas condições [de governabilidade], agora há menos."
Amanhã, o presidente leva a debate uma proposta que herdou do pelouro de Urbanismo, agora sob a sua tutela. O documento, cuja discussão foi adiada na última sessão camarária (dia 31 de Janeiro) a pedido do PS e do Bloco de Esquerda, propõe a "adopção pelo município de um conjunto de medidas imediatas conducentes à oferta de habitação acessível a todos os estratos socioeconómicos".
E aponta como "medidas imediatas" a redução de 50% no preço de aquisição de fogos municipais devolutos. Caso a solução passe por arrendamento, o autarca propõe uma redução de 25% no preço final. O documento sugere ainda que o Governo desencadeie os procedimentos necessários de forma a controlar o mercado imobiliário, passando pela promoção de políticas de habitação.
Fora desta ordem de trabalhos ficou a proposta relativa aos planos de pormenor para os bairros da Serafina e da Liberdade, também adiada na última sessão camarária.
Já o PS e o BE propõem, conjuntamente, que a equipa técnica responsável pelo Plano Director Municipal (PDM) de Lisboa, em processo de revisão, apresente uma proposta que assegure quotas de reservas de terrenos ou construção de fogos a custos controlados.
- DN
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