quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Perguntar ao Metro ... não ofende

* Como se explica que só depois de 50 anos de rede, e da anunciada irreversibilidade de um novo aeroporto (na Ota ou noutro sítio), o Metro decida finalmente avançar até ao Aeroporto da Portela?

* Como se explica que só depois de 3 anos e tal de ameaços, só agora se feche a rede de torniquetes?

* Como se explica que todas as estações tenham 2 guichets, um em cada topo, mas só um deles mantenha funcionários da empresa? (será que o Metro prefere contratar seguranças para darem informações e ajudarem os passegeiros?)

* Como se explica que depois de 4 anos em obras (com dois estaleiros montados na via pública, estacionamento mal parado, árvores colocadas à toa, escada do lado do Frutalmeidas completa enviesada para os prédios etc.) o cais, o átrio e as saídas do lado norte da «nova» Estação Roma continuem a ter infiltrações por todo o lado e, inclusivamente, continue tudo esventrado no corredor do lado do café Luanda, não se vislumbrando sequer qualquer obra, muito menos prazo de reabertura? (aqueles empreiteiros (Alves Ribeiro?) deviam ser proibidos de todo e qualquer novo trabalho com o Metro!)

10 comentários:

Anónimo disse...

.....bem "o novo" Aeroporto de Lisboa, já é quase tão velho, como o Metropolitano de Lisboa. Se calhar, estiveram à espera de por o
Metro à porta do "novo aeroporto", e tiveram que desistir..??

Carlos Medina Ribeiro disse...

Há dias, um professor de Física colocou aos seus alunos a seguinte questão:

«Normalmente, vendem-se "caracóis ao quilo" e "água ao litro". No entanto, eu conheço uma loja que faz ao contrário. Como é que é possível?»

Resposta: «Vende "caracóis ao litro" usando uma medida de madeira com a capacidade de 1 litro. E o gelo é vendido ao quilo»

Como se vê, mesmo as coisas que nos parecem mais idiotas podem ter uma explicação lógica. Neste caso, podemos estar apenas face a uma tontice "a METRO".

André Bernardes disse...

sendo este assunto bem mais interessante doque a perseguição obsessiva-compulsiva aos carros mal estacionados ;) e como se tende a uma contenda do tipo "eles é isto, indigentes, corruptos, etc e etc" eis mais umas provocações: têm ideia, recordação, de que a expansão do metro tem...aí, uns dez anos! ou seja, é bem recente; antes disso esteve anos e anos intocável, décadas, tal qual ficou...desde a inauguração pelo Estado Novo, da célebre e original linha em 'Y'; 1ª pergunta: em quanto vai a soma dos custos, o total da dívida do Metro? ao litro, ao quilo (perdão, onça de ouro; ) ou, ao metro de milhão (x por cada nova linha!)? 2º, estando nós de acordo ser prioritário encontrar alternativas ao transporte automóvel (c/ todos os seus efeitos conhecidos... psicológicos incluídos) façamos parte dos que acham que outra atitude é exigida quando se trata de um investimento com interesse público (não mensurável em bitolas habituais, atendendo aos tais efeitos colaterais, permanentes ;) 3º senão, vejamos: a própria linha do Oriente, pensada para servir a Expo, foi alvo de muitas críticas e posta em dúvida porque (à BE)...seria mais económico apostar noutros TC alternativos...faltava, a tal perspectiva de futuro 4º sobre a (nova)Portela, ou Alta de Lx, que se projecta como as futuras avenidas novas: ainda bem que alguém, quiçá por motivos obscuros...se antecipou, anteviu os milhares de automobilistas que se adivinham num horizonte próximo...todos, quais hordas furiosas, furibundos de mãos ao volante, preparados para galgarem e estriçalharem passeios, avançando sobre as indefesas passadeiras...claro está, que sob uma incompreensível cumplicidade, uma diabólica conivência e subversão dos agentes...qual filme 'Brazil', com anarcas e EMÉis à mistura!

Anónimo disse...

Bolas, «Brazil» é um dos meus filmes preferidos. Tudo por causa de uma mosca que cai em cima do papel que está a ser dactilografado ... e que provoca uma confusão tremenda a Mr.Tuttle;-)
Paulo Ferrero
P.S. De qq forma enviei as minhas perguntas inofensivas ao Metro, para relacoes.publicas@metrolisboa.pt.

Bekx (JGG) disse...

Parece-me óbvio que o Metro vai valorizar muito os terrenos onde se encontra o actual aeroporto.

Anónimo disse...

......quem tem ganho uns dinheiros com a falta do Metro, são os amigos taxistas. E esse aeroporto, já poderia ter mudado de nome para condizer mais com a situação geográfica......Aeroporto Central?

Parece que "o novo" aeroporto, foi adiado mais uns anitos. Em Dezembro de 1973, quando paquete de uma firma de construção,
mandaram-me ao Aeroporto da Portela, a recolher 2 pacotes que me fizeram dobrar as costas até ao Largo do Camões! conteúdo....?
o concurso público para a contrução do "novo" Aeroporto de Lisboa. Passados 33 anos, continuo a ler sobre "o novo" e o "adiado", e que surpreendido que eu fico.

JA

André Bernardes disse...

ups, vocês desculpem-me duplamente é que...hoje, não só tive que deixar o carro sobre um passeio (daqueles generosos, ali, no Bairro de S.Miguel, que dão para peões e carros ;)tudo isto, depois de contornar, de ver bem onde andavam os bu(r)rocratas da EMEL -atarefados, pareceu-me que, durante meia-hora a bloquear um pobre Smart, talvez pelo horror, pelo desafio pessoal do nome ;) como também senti-me um tanto ou quanto culpado pela má decisão do colega (ainda bem que não sei qual!? talvez mais engenheiro? ou designer?) que pensou a tal saída do metro, inflectida ou irreflectida, pensando apenas o seu interior (...à maneira das toupeiras ;) esquecendo-se do desajuste de geometria, da incoerência relativamente ao plano de fachada e...sobretudo, do encontro das faixas azuis do desenho de calçada - enfim, há dias assim...mas, ao menos, e mais uma vez, escapei à multa!

Paulo Ferrero disse...

É por essas e outras que existimos enquanto blogue ... pense melhor, na hora em que cumprir o código da estrada e os elementares princípios da civilidade (já viu como evitei o lugar-comum do "estado de direito"?), deixaria de existir este blogue!;-)
Abr. PF

André Bernardes disse...

bem sei que os chamados quadros de referência, sejam de princípios (que eu prefiro, porque apelando a uma escolha, a um juízo e decisão voluntária) às regras (que gosto menos, por feitio?, embora reconheça necessárias, dado afigurar-se uma utopia vivermos, ou virmos a viver numa espécie de cidadania absoluta, feita de juízos pessoais, onde a confiança e o respeito pelo próximo fossem a verdadeira 'regra'!? porque, infelizmente, e pelo contrário, a tendência é...termos uma normativa instituída a substituir a responsabilidade e a plenitude individual, com uma subsequente 'caça às bruxas', caindo no absurdo do tal filme ;)

Sobre os meus actos(!)posso dizer que até nem sou dos piores(?), pois também abrando e paro para deixar passar os peões(!) especialmente quando passam fora das passadeiras ou nos fatídicos sinais vermelhos -reconhecendo, talvez, o meu próprio estilo, de impaciência!? por outro lado, detesto os tais peões, sonsos, abusadores, a fazer-se 'de lesmas' só porque estão dentro de um qualquer código...

E este exemplo serviria para muitas coisas mais, género inquilino manhoso a pressionar o senhorio, na expectativa de lhe esgotar a paciência, ou do munícipe a queixar-se da pancada no carter...

Afinal, está mais que provado que a verdadeira cidadania, no seu grau maior de desenvolvimento, constrói-se, não pela constante repressão, pelo apertar do colete, mas sim, pela confiança e respeito mútuo, dos interesses indivíduais e colectivos, convidando a uma consciência e responsabilização de cada um, em cada passo e decisão do dia a dia...

Paulo Ferrero disse...

E onde é que pára a lesma no meio disso tudo? Nem todos os peões são baratinhas tontas, há direito à diferença;-)