sábado, março 08, 2008

Casca... grossa

OS AMANTES DE FOTOGRAFIA costumam apreciar muito as imagens que contam (ou sugerem) uma história, mesmo pequena, do género «O que se passou - ou vai passar - aqui?».
Ora, no caso deste banco da Alameda Afonso Henriques, a resposta é fácil:
Uma pessoa, daquelas muitas para quem o amor pela cidade não tem qualquer significado, sentou-se nele, descascou uma laranja calmamente, e atirou as cascas para o chão.
Depois, compreendendo a censura muda de um passante (cujo olhar alternou entre o lixo espalhado em derredor e o caixote vazio), teve um ligeiro rebate de consciência: agrupou então os dejectos com a biqueira do sapato, empurrou-os para um cantinho, levantou-se, e foi-se embora - mordiscando, satisfeito, o derradeiro gomo...

3 comentários:

Anónimo disse...

Bem, de um simulacro de jardim junto ao Chafariz da Esperança foram tirados uns bancos semelhantes àquele (suponho que por estarem degradados).

Isso foi feito deixando lá salientes os parafusos onde eles encaixavam, e os locais foram assinalados com aquela tira plástica vermelha e branca.

Hoje, semanas e semanas passadas, os bancos não regressaram, as fitas já foram e o que lá continua (e onde qualquer pessoa se pode magoar) são os suportes dos bancos antigos com os taia parafusos espetados.

É a CML que temos e a concretização da sua promessa de tornar a cidade menos desleixada...

Anónimo disse...

Errata: "tais"

Carlos Medina Ribeiro disse...

Sá Fernandes, que tomou à sua conta os espaços verdes, está a ser (pelo menos para mim) uma triste decepção.

Agora veio com a ideia de instalar 25 torres eólicas na cidade.
Pode ser que esteja apenas a brincar connosco, mas o certo é que não lhe pagamos o ordenado para isso...