quinta-feira, março 27, 2008

Proposta sobre "Wind Parade"

Proposta não foi votada na reunião de câmara (Público)
Sá Fernandes força Wind Parade Lisboa 2008 contra vontade da maioria dos vereadores
O vereador eleito pelo Bloco de Esquerda José Sá Fernandes e os socialistas que com a sua ajuda governam a Câmara de Lisboa foram ontem alvo de violentos ataques verbais na reunião da autarquia, depois de terem forçado a implantação de 15 ventoinhas de produção de energia eólica em vários pontos da cidade, contra a vontade da maioria dos vereadores.
Os autarcas do PSD abandonaram a sala em protesto, não sem antes se terem manifestado contra esta “ausência de regras democráticas” e este “enxovalho”. E não descartam a possibilidade de recorrerem a “outras instâncias”, embora não especifiquem quais, para se queixarem do sucedido.
Apesar de as suas competências lhe permitirem levar o projecto por diante sem o submeter à votação dos restantes vereadores, Sá Fernandes optou por apresentar uma proposta nesse sentido na reunião de câmara. Quando percebeu que tudo se encaminhava para o chumbo do projecto, que só o PS aprova, optou, por sugestão do presidente da autarquia, António Costa, por retirar a proposta. Mas anunciou ao mesmo tempo que levará o projecto por diante, mesmo sem a concordância da maioria dos vereadores, uma vez que as suas competências lho permitem.
O ruído e o impacto visual das microturbinas são as principais objecções à sua instalação, que será temporária, apenas entre Julho e Dezembro - e que servirá mais como campanha de sensibilização para as energias alternativas do que como real fonte de produção de energia eólica, uma vez que Lisboa não tem muitos locais onde a força do vento seja suficientemente elevada.
O vereador Pedro Feist, do grupo Lisboa com Carmona, declarou que nos 32 anos que leva da autarquia lisboeta nunca viu “uma situação destas”, em que um vereador tenha passado por cima da vontade dos seus pares. Já Helena Roseta falou em “baixa democracia”. Sá Fernandes e os socialistas foram acusados de autoritarismo por toda a oposição. “Foi um episódio que pensei que jamais pudesse acontecer na Câmara de Lisboa”, observou o comunista Ruben de Carvalho, que vê a situação como “um claro desrespeito pela democracia”. O PCP ameaça desenvolver sobre o assunto “o mais enérgico protesto político, com todos os recursos” que tiver “à mão”.
(ISABEL G)

5 comentários:

Anónimo disse...

O Zézinho é um puto mimado. Pelo que me disseram, começou a gritar em plena sessão de Câmara que ninguém gostava dele.
Não há saco para estragalhadanças.
Um grilo falante disse-me que devem ser os withdrawal symptons por não poder fumar no edifício dos Paços do Concelho.
Deixem o homem fumar e dêem-nos alguma tranquilidade!

Anónimo disse...

Como já comentei não sei bem onde, a sensibilização que se pretende só pode ser no sentido de colocar o cidadão contra aqueles horrorosos objectos em plena Lisboa.

Anónimo disse...

Adenda: este Zé não fazia cá falta nenhuma mesmo.

aeloy disse...

Penso que isto que se passou ontem é de uma enorme gravidade, independentemente do mérito ou não (que conforme ficou demonstrado era nulo!), da proposta.
Depois de cerca de hora e meia de discussão face à derrota da proposta (e não era sequer preciso contar os votos) dar uma golpaça baixa na democracia, ignorar a transparência, pisar a honra é algo que deve ficar nos anais.
Sem querer ilustrar mais, no meu blog (www.signos.blogspot.com) desenvolvo o tema, para quem quiser, e peço desde já desculpa pelo abuso da publicitação.
CC
António Eloy

Luís Bonifácio disse...

http://novafloresta.blogspot.com/2008/03/o-z-semeia-ventos.html