sábado, junho 09, 2007

A Ota incendeia meio País: Lisboa é um dos maiores centros desta crise


Autarquias, PS, CIP: tudo a ferver

Não será o mais complexo dossier de Sócrates. Mas pouco há-de faltar. Pior só talvez a guerra que acaba de comprar por um lado com os autarcas do PS por causa da lei dos arguidos e, por outro com toda a Associação de Municípios, em vésperas de Congresso nos Açores, desta vez por causa das competências que pretende entregar às câmaras sem garantias de fundos de gestão - e, designadamente, 36 mil funcionários de escolas... Acresce, para mais complicar a coisa, que Saldanha Sanches, agora mandatário de António Costa para Lisboa, veio a público citar casos de corrupção no Ministério Público ou pelo de laxismo para com os autarcas crruptos ou pelo menos prevaricadores (as várias versões da questão são do próprio - que, não esqueçamos, é marido de Maria José Morgado, agora com a tarefa muito esperada de resolver lguns bicos de obra da investigação criminal).

Lisboa e o seu peso é fundamental neste «dossier» quente. Mas o «dossier» Ota é ainda mais incendiário. E também tem tudo a ver com Lisboa: afinal do que se tem falado é de qual a melhor localização para o Novo Aeroporto de Lisboa...

Augusto Mateus
De um lado, Augusto Mateus, PS, coordenardor dos estudos de viabilidade financeira da Ota e de ordenamento, vem dizer que em Alcochete é mais rápido e mais barato.
Quem é Augusto Mateus e que peso tem nestas coisas? Foi ministro de Guterres e tal... Veja na nótula aí em baixo uns apontamentos do seu currículo.

Autarquias
De outra banda (propriamente dita), os autarcas fazem a vida negra a Sócrates de cada vez que se dá mais uma esperança técnica que incline a vela do barco para a margem Sul. Mas vem sempre um homem da Quercus (Francisco Ferreira, desta vez) salvar a honra do Convento...

Entra agora a CIP
Por outro lado ainda, esta baralhada dos últimos tês dias com a CIP. Mas uma senhora baralhada. Veja só:

1
A CIP é que sabe

No tempo da minha avó, lá na minha zona, dizia-se assim: «De Espanha, nem bem vento nem bom casamento». Estava-se a 40 km da fronteira, basta dizer.
Pois hoje eu digo também: «Da CIP, nem bom vento nem bom casamento». Portanto, esse estudo-mistério, para mim, não vale um chavo, salvo melhor opinião.
Eis o que li no ‘Sol’ on line agora mesmo:
«Novo Aeroporto de Lisboa / Surge uma nova localização para o aeroporto, segundo um estudo da CIP / A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) vai apresentar segunda-feira ao Presidente da República um estudo para a localização do novo aeroporto de Lisboa numa área geográfica que nunca foi estudada».
In 'Sol' on line

Pergunta-se:
Ao PR? Mas o que é que o PR decide nesta matéria? Parece-me tudo muito mal amanhado.

2
Mas afinal a coisa é ainda mais complexa


O estudo é de 16 Profs, entre os quais, suponho que a liderar, José Manuel Viegas e foi encomendado por Van Zeller mas à revelia dos outros ou de alguns dos outros membros da Direcção da CIP. Que confusão!
Leia: «Direcção da CIP contra Presidente da CIP por causa da Ota / É uma decisão independente de Francisco van Zeller cidadão, dizem / Direcção da CIP demarca-se de estudo sobre novo projecto para aeroporto que será apresentado a Cavaco Silva
A direcção da CIP demarcou hoje a Confederação do estudo sobre a localização do novo aeroporto que Francisco Van Zeller vai apresentar ao Presidente da República na segunda-feira»
.
In Público Última Hora

__________________

Quem é Augusto Mateus?

Perfil
Augusto Mateus, de 57 anos, é economista e foi, entre 1996 e 1997, ministro da Economia de António Guterres, depois de ter desempenhado funções de secretário de estado da Indústria. Actualmente, acumula a profissão de professor catedrático no ISEG com a de presidente da empresa de consultoria Augusto Mateus & Associados. É neste contexto que está a desenvolver três grandes estudos: o Plano de Ordenamento do novo aeroporto.

In site da CML

Mateus na Baixa de Lisboa, lembra-se?
Integram este comissariado o ex-ministro da Economia, Augusto Mateus, com a área do financiamento e sustentabilidade económica, Elísio Summavielle, presidente do Instituto Português do Património Arquitectónico, que coordenará a área do património histórico e actividades culturais, o arquitecto Manuel Salgado (urbanismo, mobilidade e espaço público), Maria Celeste Hagatong (actividades económicas), o ex-deputado do PP Miguel Anacoreta Correia (área executiva) e a investigadora e docente de História de Arte na Universidade Nova de Lisboa, Raquel Henriques da Silva (candidatura à UNESCO).
In site da CML

1 comentário:

Mar Arável disse...

Cheira-me a poólvora - talvez aterrem no campo de tiro