Massena ... e dos invasores dos nossos tempos (patos bravos, cimento armado, tubos de escape, derrubadores de árvores e de património arquitectónico, hordas de hooligans, etc.) do que propriamente de Lisboa; pois a Alameda das Linhas de Torres, hoje, é o paradigma da falta de equilíbrio urbanístico que existe na capital e da total indiferença de quem de direito pelos critérios de qualidade de vida dos que nela vivem. Já não bastava:
- O desaparecimento da quase totalidade das belas quintas senhoriais e dos edifícios de carácter (como a falecida vivenda Arte Nova da foto abaixo, por sinal, classificada (!) pelo IPPAR);
- O caos no trânsito, com faixas de rodagem confusas e condicionamento de trânsito totalmente parvo (veja-se aquele troço junto ao terreno do antigo estádio do Sporting);
- As passadeiras pedonais mal colocadas;
- Os carros em alta velocidade;
- A poluição sonora e de ar;
- Os logradouros e os quartéis que se metamorfosearam em condomínios, cada qual ao seu gosto e à sua escala (será que o Pulido Valente vai ter igual fim? e os armazéns da Tóbis?);
- Os centros comerciais de pechisbeque e as escolas em pré-fabricado;
- Aquele mercado terceiro-mundista;
- O novel viaduto imenso a entrar janelas adentro (ao menos que plantem árvores debaixo dele!);
Já não bastava tudo isso para a CML ter suspendido há algum tempo a empreitada de repavimentação da alameda por ... falta de verbas.
É certo que existem as Quintas das Conchas (foto lá de cima) e dos Lilases, e isto e aqueloutro. Mas, se é verdade que a primeira se salvou do camartelo (uma parte, uma parte, que no topo Norte lá estão as árvores a morrer aos poucos por causa dos prédios que lá plantaram...), isso se deveu aos moradores e a alguns ilustres cá do burgo, Sá Fernandes, incluído (o seu a seu dono!). Já a dos Lilases anda entre cá e lá, mais lá do que cá. Ao menos, só uma coisa:
Quando se reiniciar a empreitada de repavimentação, por favor, não se esqueçam de alcatroar de modo a que as tampas das condutas não se transformem em buracos assassinos.
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