sábado, dezembro 15, 2007

ASAE


Vivam os galheteiros. Vivam as castanhas assadas embaladas em folha de lista telefónica. Vivam as sardinhas no pão do Santo António e o vinho em jarro. Vivam os pires de tremoços e as talhas de azeitonas. Vivam os bolos e os gelados na praia. Vivam as sandes de coiratos nas roulottes da bola. Viva o frango assado nas feiras, as farturas e o algodão doce.

Haverá, por vezes, excesso de zelo na actuação da ASAE. Verifica-se também uma enorme ânsia de protagonismo de alguns dirigentes da ASAE. Mas a origem do problema está em Bruxelas, lá, entre as dezenas de milhar de burocratas que precisavam de fazer umas viagens ao jeito daquelas que a União Europeia financia para os "europeus" conheceram a realidade da "Europa".

Parte significativa da causa desta aparente ditadura da ASAE reside na atitude passiva dos portugueses que permitem que a legislação portuguesa assuma todas as barbaridades determinadas pelos burocratas europeus.


António Prôa

4 comentários:

Anónimo disse...

Existe algum povo na Europa que passe "por cima" de legislações, com mais facilidade que nós ?
E.....sem defender todas as maluquices da burocracia, daqui, ou dali, creio que Portugal necessita de muitas entidades que trabalhem e actuem com MUITO ZELO.


JA

Carlos Medina Ribeiro disse...

Acerca deste assunto, são ABSOLUTAMENTE A NÃO PERDER as duas crónicas de António Barreto intituladas «Eles estão doidos!» [1] e [2]

Luís Serpa disse...

Caro António Prôa,

não estou inteiramente de acordo consigo: o problema não está em Bruxelas.

António de Almeida disse...

-Na passada semana, comprei umas perdizes no Alentejo, não, não estavam embaladas e congeladas, estavam fresquinhas, tinham sido caçadas no próprio dia. Claro que as adquiri sem factura, pois as mesmas nem sequer poderiam estar á venda! Mas continuarei a comprar perdizes, lebres, enchidos caseiros, queijo artesanal, alheiras de mirandela, e outras iguarias da nossa tradição e cultura. E continuarei a alimentar a economia paralela, que tende a crescer, face á recusa do estado em taxar artigos com procura por parte de consumidores, que gostam de comer mais, que Bigmacs, Pizzas e comida de plástico! Posso?