O Ministério das Finanças está a equacionar vender a Igreja de Santo António de Campolide, em Lisboa, que se encontra em avançado estado de degradação, a ameaçar ruína e a integridade física dos que nela se encontrem, a uma irmandade católica local. Como a extinta Direcção-Geral do Património nunca pôde custear as obras de reabilitação a que estava obrigada, avaliadas em 350 mil euros (segundo os valores orçamentados em 2004), o templo do século XIX que acolhe a paróquia de Santo António de Campolide, tem vindo a sucumbir à ruína perante o descontentamento dos fiéis e da Igreja Católica, que se vê impedida de intervir na sua recuperação por não ser proprietária do edifício. "Após diversas diligências junto das entidades com atribuições nesta área do património, foi sempre a então Direcção-Geral do Património confrontada com indisponibilidades orçamentais para fazer face ao custo das necessárias obras", justificou o gabinete do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. O ministério está também a proceder à regularização jurídica do imóvel de interesse público, que embora na posse do Estado desde 1910 não se encontra registado na Conservatória do Registo Predial, nem na matriz predial. "Está a ser contratado um levantamento rigoroso de áreas do imóvel, a fim de se poder promover a sua regularização", adiantou a mesma fonte do ministério. A cessação definitiva do imóvel, confiscado à Igreja aquando da implantação da República, foi pedida em Abril de 2007 pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e Senhor Jesus da Santa Via Sacra. Depois de ser informada que teria de pagar para que o templo voltasse para as mãos da Igreja Católica, a irmandade solicitou em Dezembro a avaliação do imóvel, um processo que o ministério confirma estar a decorrer. Catarina Prelhaz
(ISABEL G)
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