quinta-feira, julho 19, 2007

Escândalo: recomeçou a empreitada dos candeeiros! Quem autorizou?

Parece mentira mas é verdade:

Em pleno câmbio de vereações na CML, e em plena estação de banhos, a própria CML, de braço dado com a empresa Visabeira, resolveru recomeçar a empreitada de abate e substituição de candeeiros em Alvalade, na Avenida Madrid, que havia sido suspensa, e bem, pela antiga vereação no seguimento de múltiplos protestos de moradores, como estes.

QUEM DEU NOVA LUZ VERDE?

Se tiver sido a Comissão Administrativa em funções, é grave, porque desrespeita uma decisão do anterior executivo sem ter competências para tal.

Se tiver sido a nova vereação por terceiros, é AINDA MAIS GRAVE, porque é sinal que o lóbi da chapa galvanizada se manterá seja com quem for.

Recorde-se que esta empreitada foi suspensa por duas vezes, e por duas vezes retomada, tal a pressão interna dos próprios serviços sobre quem decide, antes que fosse suspensa em definitivo (que afinal não é!)

Esta é uma situação grave que importa desde já denunciar.

ISTO TEM QUE ACABAR!

Parem de fazer das pessoas meros boletins de voto!

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NOTA: Segundo me acabam de dizer, a empreitada volta a estar suspensa. OBRIGADO!

Esta CML está mal, mas é lá dentro, nos próprios departamentos. O próximo executivo vai ter muito que fazer!!

4 comentários:

Anónimo disse...

Mas isto é uma saga, Paulo.
Azar o deles: pensaram que estivesses distraído :) :)

ISABEL

Anónimo disse...

Os serviços da Camara parecem a serie inglesa Yes Minister.

As vereações vão, mas os funcionarios e responsaveis continuam, e quando se fala em corrupção, se calhar olha-se só ( e bem )para os vereadores, mas esquecem-se aqueles que na sombra, se vão governando

A nova vereação ,para lá de uma peritagem necessaria ás contas destes seis anos, deveria tambem lançar uma fiscalização aos varios serviços, há gente que enquanto não lhe fôr apontada a porta da rua,continuará a servir os seus verdadeiros patrões, certos e conhecidos empreiteiros.

Paulo Ferrero disse...

In Jornal de Notícias (20/7/2007)

«Candeeiros da polémica

Os moradores e comerciantes da Avenida de Madrid, uma zona residencial nas traseiras da Avenida de Roma, em Lisboa, não compreendem por que é que os candeeiros colocados em Março ainda não estão a funcionar e reclamam mais iluminação para aquela artéria. Em Março, uma empreitada de substituição dos antigos candeeiros de betão por novos candeeiros de metal foi suspensa pela Câmara de Lisboa, depois de alguns moradores e do movimento Fórum Cidadania terem contestado a troca dos postes, alegando que estavam a desfigurar a arquitectura do bairro.

Ontem, o "Fórum Cidadania" enviou para as redacções um e-mail dando conta de que a empreitada tinha sido retomada e contestando que a decisão fosse tomada numa altura de transição do Executivo. Numa visita ao bairro, o JN constatou que os trabalhos em causa se destinavam a fazer a ligação dos novos candeeiros à rede da EDP, operação que a Comissão Administrativa alegou desconhecer.

Contudo, a maioria das pessoas queixou-se de que os candeeiros antigos são "muito altos" e "dão pouca luz à rua", pelo que mostraram concordar com a mudança. José Manuel Silva, dono de um café na avenida, defende que "o que é preciso é iluminar a rua e não os prédios" e não concorda com as críticas que levaram à suspensão da obra. GP »

A Gina Pereira que me perdoe mas este artigo não foca o essencial:

1. A empreitada estava suspensa e não devia ter recomeçado sem autorização superior, que não houve. Quem ordenou o seu recomeço?

2. Os candeeiros históricos de Lisboa (sejam os de Alvalade, São João de Brito ou São João de Deus, ou sejam os de ferro, nas Avenidas Novas, Rato, etc., sejam os candeeiros propriamente ditos, sejam as consolas) têm vindo a ser substituídos nos últimos anos sem o menor critério técnico, rigor estético ou preocupação de qualidade.

As razões apontadas para as sucessivas empreitadas (que decorrem nos últimos 10 anos) de abate e substituição de candeeiros são altamente discutíveis (é errado dizer-se que os novos candeeiros são mais baratos ou que a sua manutenção é menos custosa!), quando não caricatas (se um automóvel não chocar com um candeeiro, ele não cai!; se o candeeiro ilumina mal a rua, mude-se a luminária!; se a tampa dos fios eléctricos está partida, arranje-se!; se o candeeiro está sujo e em mau estado, contrate-se quem lhe faça a respectiva manutenção!).

3. Os candeeiros históricos de Lisboa têm vindo a ser substituídos sem que ninguém tenha feito nada em contrário, e sempre com o mesmo denominador comum: a empresa Visabeira.

4. Já é tempo dos lisboetas terem respeito pelo seu património. E já é tempo de acabar com trafulhices a vários níveis. Isso só tem sido possível porque a CML não dispõe de um Regulamento do Espaço Público. Tudo começa por um Regulamento.

Enquanto tal não existir continuarems a ver candeeiros da CML a decorar jardins de funcionários da CML.

Paulo Ferrero disse...

E, já agora, acrescento mais duas perguntas de algibeira:

- Porque razão o ataque cerrado aos candeeiros antigos começa exactamente com a entrada de PSL na CML?

- Porque razão os candeeiros novos sao "hechos en España"?

Isto tem que acabar.

Ainda outro me garantiram haver em Corroios um depósito de candeeiros abatidos. E que há logradouros decorados com eles ... isto é uma vergonha.

Se é assim com candeeiros, imagino o que não será bancos de jardins, bustos e ... arranque e substituição de árvores.

Investiguem-se os hortos! As ligações com as empresas que fabricam as máquinas que sacam as árvores do solo! Etc. Se não for agora, não será NUNCA!

Abraços