segunda-feira, julho 02, 2007

UMA CIDADE PODRE

À medida que a campanha eleitoral em Lisboa (na qual participo como candidato) vai avançando, maior é a sensação que tenho de que estamos numa cidade em decomposição.

Uma cidade fortemente atacada pela corrupção, onde se considera normal que alguém que é assessor camarário seja nomeado para um cargo numa empresa municipal e no mesmo dia requisitado novamente para assessor do seu padrinho (no mais puro sentido mafioso), assumindo o cargo para que foi nomeado apenas após a queda do executivo camarário. Se não era necessário nessa empresa municipal, para que foi nomeado?

Uma cidade onde nalguns bairros se transacciona livremente droga à luz do dia perante a total complacência das autoridades, nomeadamente da Polícia Municipal, que prefere perseguir vendedores ambulantes ou ameaçar comitivas eleitorais como a da Nova Democracia a quem foi pedida uma pretensa licença para fazer campanha, na passada sexta-feira à porta do Mercado de Benfica!

Uma cidade onde há bairros sociais em que a par de pessoas que necessitam das casa e pagam rendas de valor relativamente elevado, existem alguns que têm potentes carros estacionados à porta enquanto pagam rendas de dois e três euros, apenas por terem cartão de militante dos principais partidos do sistema...

Uma cidade onde são cada vez mais os que vivem de expedientes à custa dos contribuintes.... (Num bairro social de Lisboa: - Que idade tens? - 20 anos - O que fazes? - Nada - Não procuras emprego? - Não - Então de que vives? - Com o meu pai. E vira costas, entrando para um carro que estava estacionado....)

E perante este cenário, a maior parte das pessoas alheia-se e nada faz, abstendo-se ou continuando a votar nos do costume. Até quando?

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