Depois da paupérrima campanha que fez em Lisboa e dos resultados a tender para o zero que obteve nas urnas, Manuel Monteiro demitiu-se. Não sei bem de quê, mas ele diz aos jornais que sim, que se demitiu. E diz porquê. «Tinha mais votos do que quando me candidatava à associação de estudantes». E: «Acho que valho mais de mil votos». Tudo porque o seu «partido», o chamado PND, obteve nas eleições de há uma semnaa em Lisboa um número baixíssimo de votos. Como se sabia. Só ele e dois ou três dos seus indefectíveis é que poderiam, julgar que era com bonecadas de rua e vazios de ideias que conquistariam Lisboa. Que, aliás, não esteve fácil nem sorridente para nenhum dos outros concorrentes. Mas os recursos de Monteiro e o seu ideário, o deconhecimento da cidade, notório desde o primeiro momento, como chegou a ser assinaldado por outros candidatos, era flagrante - e os lisboetas, apesar de tudo, percebem lçogo essas coisas. Monteiro aprendeu a lição? Não. Culpa os lisboetas: «Valho mais». e atira-lhes com o seu espanto misto de resmungo: «Francamente!».
Lisboa rejeitou-o, como fez a outros, por uma razão simples: ele não se pôs do lado de Lisboa e sim do lado do espectáculo indecoroso que dava nas ruas. Que deu resultado na Madeira, mas que em Lisboa foi o que se viu.
Agora, foi-se embora. Mas antes de se ir ainda disse uma coisa que vale a pena registar. José Miguel Júdice defendeu em público a fusão do CDS com o PSD. Comentário de Monteiro: «Discordo. Isso vem de uma pessoa que passou a colaborar com a esquerda». E pronto.
Monteiro vai embora. Mas antes disso ainda tem tempo para uma última nota: acusa os eleitores pelo que lhe aconteceu há oito dias. Fim de jogo?
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