sexta-feira, julho 13, 2007

Venha o diabo e escolha


O dr. Fernando Negrão é muito engraçado. Ontem exigiu que Carmona Rodrigues peça desculpa pela forma como exerceu o mandato de dois anos terminado há dois meses. É como se dissesse duas coisas numa só:
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Diz ele, assim, que o PSD não esteve na CML desde 2005 até Abril de 2007 - o que é uma profundíssima mentira política e um redondo embuste. Esteve, sim. É ver, só para dar um exemplo, o que na CML fez o seu número 5 (da lista que Negrão encabeça, o celebrado e agora escondido Sérgio Lipari Pinto). Mas é ver o que consta que fez Marques Mendes que, dizem, comandava a CML por telefone e por encontros rápidos tipo prostituta do Intendente dos anos 60, dizem, repito.

2
Diz ele assim também que o PSD não esteve na CML entre janeiro de 2002 e Outubro de 2005 - o que é uma tripla maneira de fabricar embustes em série. O PSD esteve na CML e de que maneira! Santana, Helena Lopes da Costa, Eduarda Napoleão à luz do dia e uma miríade de luminárias na sombra cujas pegadas vitais estão bem marcadas na calçada lisboeta da Praça do Município.
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Não quer isto dizer que sejam um único milímetro menores as responsabilidades de Carmona (vice de Santana, Presidente em substituição e Presidente eleito pelo PSD).

Mas alguém ter o descaramento de vir falar de alto em matéria de pedido de desculpas - é arrojo...

Deve antes esperar-se, isso sim, que, nobremente, alguém do PSD (de outro PSD?) venha um dia pedir desculpa a Lisboa pelos seis anos de manobras lamentáveis e de prejuízos aos milhares de milhões. Lisboa tem muito dinheiro e entra aos milhares em cada dia. Então o que lhe fizeram? Está no bolso de alguém. De muitos alguéns. De amigos de amigos de amigos. Mas não foi útil à população de Lisboa. E são muitos milhares de milhões, não é brincadeira nenhuma. Lisboa tem / tinha solos e património insonhado. Mas foi malbaratdo num ápice. Foi um crime. E foram aprovados loteamentos sem rei nem roque. A amigos e a amigos de amigos. E isso foi um crime sem retorno.
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Disso tudo, sim, esperamos desculpas públicas e com sentido da honradez política.
E é urgente.
A culpa não pode morrer solteira!

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