Passada a compreensível alegria de todos os previsíveis eleitos terem sido eleitos, vamos a factos: o PSD perdeu em relação às autárquicas de 2005, 89 mil votantes, o PS 17 mil, a CDU 13500, o CDS 9500 e o BE quase 9 mil, ao todo cerca de 138 mil. Destes, 52 740 (infiéis!) votaram em Carmona Rodrigues (CR) e Helena Roseta (HR). Sobraram assim 85 mil almas que perderam toda a fé. É muita gente. E, meus amigos, desta vez até os votos nulos e em branco baixaram...
1. Conseguirá uma empresa de sondagens investigar "cientificamente" as razões do comportamento destes não-votantes? (Ao estilo de "Se não votou foi porque, a) "Estava fora de Lisboa"; b) "Porque não"; c) "Falta de tempo, por ficar em frente da TV à espera do Brasil - Argentina que começava às 22 horas"); d) "As forças vivas do Porto desta vez não se meteram na vida de Lisboa e fiquei assim sem saber o
que fazer".
2. Que misteriosa estratégia política terá levado o Dr. Negrão a gastar a maior parte do seu tempo a lembrar aos lisboetas a vital importância que o Governo central tem na resolução dos problemas de fundo de Lisboa?
3. Com este "apoio" do candidato do PSD, porque razão António Costa ficou tão longe da maioria absoluta e teve até menos votos que os independentes CR e HR juntos?
4. Sem o apoio de São Gonçalo e do seu "Plano Verde", o "Zé" teria sido eleito?
5. Nas "matemáticas" do próximo executivo camarário, qual será o mal menor para o PS: a) Coligação com a CDU e BE; b) Coligação com CR; c) Coligação com HR + BE, ou,
d) "Navegação à vista"?
6. E já agora, uma última pergunta (esta ainda mais brejeira): o apoio de São Luís Filipe Vieira terá sido bom ou mau para o novo Santo António de Lisboa?
Luís Coimbra
Independente, apoiante (desapontado) de José Sá Fernandes
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