sábado, janeiro 12, 2008

«Pourquoi?»

1- Quando lhe apresentaram o estudo da CIP, Mário Lino, displicente, disse que lhe ia "dar uma vista-de-olhos" (sic).

2- Já depois de tomada a decisão de Alcochete, ouvimo-lo a explicar como é que se tinha processado a escolha (cito de memória, mas sem falhar muito):

- A nossa opinião era que fosse na Ota. Mas também sempre dissemos que quem tivesse outras sugestões, as apresentasse. Foi isso que sucedeu; considerou-se que essa era melhor, e pronto!

3- Segundo declarou ao «Expresso», não leu o estudo do LNEC:
- Só tive de ler o sumário...
*
Ora, depois de tudo o que já se havia passado, fica a perplexidade:
Que interesse pode ter Mário Lino em dar, de si, uma imagem, decerto falsa, mas tão negligente que roça o anedótico - a de alguém que toma uma decisão dessa gravidade como quem resolve onde vai jantar dando uma vista de olhos na página de gastronomia de um jornal que, por acaso, encontrou no chão do autocarro?!

2 comentários:

Bic Laranja disse...

Dei uma alfinetada nisto ontem ao ao meio-dia. Já a tinha pensada desde a conferência de imprensa do sr. engenheiro Sócrates no dia 10 em que ele nem disfarçou que não leu o documento. Não era preciso de conferir a mercadoria.
Cumpts.

antonio ganhão disse...

A aparente displicência com que os assuntos de estado são tratados é aflitiva.

Mas a mim preocupa-me é quem me indemniza? Eu explico, como criador de camelos da margem sul, de camelos de uma só bossa, que de duas consomem muita água (esse bem escasso e não renovável), não posso manter os animais. O voo de aeronaves a baixa altitude incomoda-me os animais e com as estradas que vão construir deixam de ser úteis para atravessar o deserto…

Quem em paga?