quarta-feira, janeiro 09, 2008

Zonas urbanas com limite de 30 quilómetros por hora

"Ordem para carregar no travão dentro das localidades. O limite máximo de circulação vai ser reduzido para 30 quilómetros por hora em centros urbanos, zonas residenciais e espaços com "forte presença de tráfego pedonal". O objectivo, expresso na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR), vai agora ser aprofundado por um grupo de trabalho em que participam estruturas como a Estradas de Portugal, governos civis e Associação Nacional de Municípios Portugueses.(...)
Está prevista a introdução de dois conceitos, um deles totalmente inovador "Zonas 30 km/h" e "Zona residencial multifuncional". A redução de velocidade será, promete o documento estratégico, acompanhado de medidas de acalmia de tráfego - ou seja, alterações físicas como a introdução de lombas ou semaforização.
Precisamente o que defendem parceiros da sociedade civil como a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) e o Observatório de Segurança de Estradas e Cidades, lembrando que limitações de velocidade, por si só, não asseguram a redução efectiva das velocidades praticadas.(...)
Entre os 28 objectivos (ver ficha), há mais dois que visam especificamente a segurança de peões. Promete-se a definição de um programa de requalificação de percursos pedonais e a fiscalização do estacionamento e do comportamento dos peões.
Já para este ano, é anunciada a criação do primeiro Plano Nacional de Fiscalização - algo que a Comissão Europeia recomendou em 2004, mas Portugal nunca cumpriu. Ou seja, um programa que defina estradas, horários e dias da semana em que deve ser intensificada a fiscalização de velocidades, consumo de álcool e uso de cinto.
Inventário de infracções
Sete acções dedicadas a educação e formação
Rede de radares instalada este ano
Programa para melhorar assistência às vítimas"
(Isabel G.)

7 comentários:

Miguel Carvalho disse...

Quando a esmola é grande, o pobre desconfia...
O que me assusta é que este plano ainda vai ser discutido com muitas instituições, incluindo os autarcas...

Anónimo disse...

Na Avenida da Índia vai ter de se andar a 30km/h? Acho demasiado. Quanto muito, uns 25.

Anónimo disse...

Miguel
Como é que a ANSR (que depende do MAI e não da Presidência do Conselho de Ministros) vai intervir em áreas como saúde,educação ou justiça - para referir apenas três áreas directamente relacionadas com a sinistralidade rodoviária é que não sei...
ISABEL

Anónimo disse...

Vá lá, não sejam fatalistas...a coisa, vai mudar...tem que mudar!


JA

António de Almeida disse...

-De acordo e desacordo em simultâneo. Uniformizar velocidades é um disparate enorme, porque as vias e condições de circulação não são elas próprias uniformes. 30KM/H serão provavelmente razoáveis em Alfama, Madragoa, Baixa e mais algumas zonas de Lisboa, a cidade que conheço melhor, mas será razoável exigir a mesma velocidade numa rua de Alfama e na Av. Marechal Gomes da Costa ou na Av. Gago Coutinho? Não vou discutir se estas deveriam ter velocidade permitida de 50, 60 ou 70, deixo isso para especialistas, mas só um cego não vê que avenidas com 3 faixas de rodagem em cada sentido, têm mais segurança do que ruas estreitas com automóveis a passar junto dos peões, seja lá qual for a velocidade permitida. O túnel das Amoreiras, sempre que posso evito-o, andar ali a 50, não me lixem, vou em 2ª e a travar, onde não existem sequer peões! É que também é necessária credibilidade, e responsabilizar também os peões, que aliás somos todos, condutores e não condutores, pelo desrespeito da sinalização, algo que só não vê quem não quer.

Miguel Carvalho disse...

Caro António Almeida,
leia com atenção a notícia. Estas velocidades são para ser implementadas em zonas residenciais e com muitos peões.
As principais avenidas estão obviamente excluidas

Ant.º das Neves Castanho disse...

Tudo isto é "apenas" banalíssimo lá fora (sim, sim, Espanha incluída, pois claro...), há já muitas décadas!...

Mas neste aspecto, como em muitos outros, Rabat é mesmo a Capital mais próxima de Lisboa...