O caos na Rua das Janelas Verdes - In Público (21/1/2008)
«A Rua das Janelas Verdes, em Lisboa, estando inserida numa zona de grande qualidade urbana e paisagística, pelo seu rico património arquitectónico, o qual contempla, para além do Museu Nacional de Arte Antiga, algumas embaixadas e unidades hoteleiras de charme, constitui-se como uma artéria de prestígio, ainda mais com a reabilitação e construção de imóveis de grande qualidade arquitectónica, ocorrida nestes últimos anos.
No entanto nada disto impediu que, por aquelas bandas fossem proliferando e prosperando uma quantidade apreciável de bares e discotecas nos pisos térreos de edifícios de habitação, os quais atraem no início da noite centenas de adolescentes, mobilizados pela dinâmica gregária de shots, cervejas e afins a preços baixos, transformando aquela artéria, até altas horas, num espaço concentracionário, praticamente intransitável por veículos e peões, nomeadamente nas noites de quinta, sexta e sábado.
São incontáveis as vezes que os moradores têm chamado as autoridades para repor a normalidade da ordem pública, limitando-se os respectivos agentes a tomar conta das ocorrências, remetendo as responsabilidades para outras instâncias administrativas. Acresce o problema do ruído das aparelhagens sonoras e dos próprios utentes quer no interior quer no exterior daqueles espaços, impedindo o descanso dos moradores, que, perante a não actuação das autoridades, têm vindo a apresentar há seis anos a esta parte, sucessivas queixas e denúncias aos serviços competentes da câmara e ultimamente à ASAE.
Sabe-se que alguns daqueles estabelecimentos nem sequer estão licenciados para o exercício da actividade. Todos estes factos foram já transmitidos há vários anos às autoridades e nada foi feito, nem sequer qualquer resposta às petições apresentadas, como manda o código do procedimento administrativo.
Conclui-se, assim, que a inércia e inépcia dos serviços e das autoridades, o laisser faire laisser passer e a indiferença, para não dizer desrespeito pela legalidade, pelos direitos, deveres e práticas da cidadania, fazem com que, também pelos motivos aqui apresentados (à margem dos grandes escândalos políticos e financeiros do momento), Portugal cada vez pareça mais uma república de bananas do que um Estado de Direito.
João Saltão, Lisboa»
(Isabel G)
«A Rua das Janelas Verdes, em Lisboa, estando inserida numa zona de grande qualidade urbana e paisagística, pelo seu rico património arquitectónico, o qual contempla, para além do Museu Nacional de Arte Antiga, algumas embaixadas e unidades hoteleiras de charme, constitui-se como uma artéria de prestígio, ainda mais com a reabilitação e construção de imóveis de grande qualidade arquitectónica, ocorrida nestes últimos anos.
No entanto nada disto impediu que, por aquelas bandas fossem proliferando e prosperando uma quantidade apreciável de bares e discotecas nos pisos térreos de edifícios de habitação, os quais atraem no início da noite centenas de adolescentes, mobilizados pela dinâmica gregária de shots, cervejas e afins a preços baixos, transformando aquela artéria, até altas horas, num espaço concentracionário, praticamente intransitável por veículos e peões, nomeadamente nas noites de quinta, sexta e sábado.
São incontáveis as vezes que os moradores têm chamado as autoridades para repor a normalidade da ordem pública, limitando-se os respectivos agentes a tomar conta das ocorrências, remetendo as responsabilidades para outras instâncias administrativas. Acresce o problema do ruído das aparelhagens sonoras e dos próprios utentes quer no interior quer no exterior daqueles espaços, impedindo o descanso dos moradores, que, perante a não actuação das autoridades, têm vindo a apresentar há seis anos a esta parte, sucessivas queixas e denúncias aos serviços competentes da câmara e ultimamente à ASAE.
Sabe-se que alguns daqueles estabelecimentos nem sequer estão licenciados para o exercício da actividade. Todos estes factos foram já transmitidos há vários anos às autoridades e nada foi feito, nem sequer qualquer resposta às petições apresentadas, como manda o código do procedimento administrativo.
Conclui-se, assim, que a inércia e inépcia dos serviços e das autoridades, o laisser faire laisser passer e a indiferença, para não dizer desrespeito pela legalidade, pelos direitos, deveres e práticas da cidadania, fazem com que, também pelos motivos aqui apresentados (à margem dos grandes escândalos políticos e financeiros do momento), Portugal cada vez pareça mais uma república de bananas do que um Estado de Direito.
João Saltão, Lisboa»
(Isabel G)
2 comentários:
Carissima Vizinha,
Ja reparou que as iluminações de Natal da sua rua ainda se mantem ?
Será a pensar no Carnaval ?
Melhores cumprimentos,
CAro anónimo,
Nem reparei.
Mau sinal: como já fazem parte da paisagem, começou a ser natural olhar para elas e não as ver.
:)
ISABEL
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