terça-feira, maio 13, 2008

O Paris vai amanhã a sessão de CML

No seguimento do que aqui já referi, o que está em causa com o Paris é:

1. Vedá-lo totalmente aos delinquentes.

2. Clarificar a situação que lhe valeu aparecer na sindicância feita à CML, ou seja, porque não foi validada pelo CM a expropriação aprovada em CML em 2004?

3. Mantendo-se o pressuposto de intersse público, lançar mão de um projecto de reabilitação do imóvel, recorrendo, se necessário, à sua posse administrativa.

4 comentários:

Anónimo disse...

E a maçaroca?

Anónimo disse...

Paulo Ferrero, desculpe mas há quanto tempo não passa no Paris.

Aquilo hoje é uma ruina, recuperar o quê, as memorias do piolho a dois filmes por sessão...

Dado a falta de dinheiro, dava mais bem empregue numa recuperação a sério do Europa, é mais central, e Campo de Ourique ficava mais bem servido.

MP disse...

Paulo,

O Paris já era!

Se nem a Casa de Garrett conseguiram salvar, imagine-se aquele edifício arruinado ...

- Vedá-lo não iria resolver a questão dos deliquentes, apenas a remoção dos destroços o poderia conseguir, limpando o solo - pois neste momento é uma grande parte de destroços;

- Claro que os resultados da sindicância apenas vêm constatar os imensos interesses associados ao terreno;

- Ainda que existisse interesse público, o imóvel está arruinado inclusive grande parte já está em baixo; a posse administrativa é uma ofensa à propriedade privada, não será desse modo a forma mais adequada de proteger o interesse público - sê-la-ia através do pagamento de um valor equitativo (entre o valor do mercado e o valor real do imóvel).

Concordo com o comentador acima que refere que mais vale investir no cinema Europa, esse, pelo menos, ainda é recuperável.

Nuno Góis disse...

Sou de Campo de Ourique e acredito que o Paris pode e deve ser salvo. É evidente que esse trabalho não deve ser feito para lá ter duas salas de cinema como antigamente, mas quem sabe um Teatro (não há naquela nobre zona de Lisboa)com uma ou duas salas, quem sabe um centro cultural, quem sabe algo que sirva a cultura bem no coração da cidade... E não o que penso que há anos esperam: a queda natural do edifício para que se faça mais uma construção de luxo na zona.
Estou muito interessado em saber dos desenvolvimentos desta questão.

A situação do Europa também é revoltante e muito mal explicada, mas parece-me mais complexa, pois para além de também pertencer a privados é um Teatro muito atípico que dificilmente encontrará alguém com vontade de o levantar. A não ser, claro está, os empreiteiros para mais um prédio de luxo.

Para concluir. Alguém me explica o que se passa com o espaço Estrela 60 (na rua do hospital militar) onde durante anos trabalhou o Teatro "O Bando"?

Obrigado e abraços.