Escritor diz sentir-se muito amado e muito odiado-PUBLICO
Ministro da Cultura saúda "reconciliação" entre Saramago e Portugal
O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, saudou hoje a "reconciliação" entre José Saramago e Portugal, país onde o autor afirmou que se sente muito amado e muito odiado.
"Uma palavra de homenagem a José Saramago e à reconciliação de José Saramago com esta pátria que ele soube fazer voar mais através do que ele escreveu e que se vem reconciliando com ele", afirmou Pinto Ribeiro.
O ministro da Cultura falava durante a assinatura do acordo entre a Câmara de Lisboa e a Fundação José Saramago para a cedência da Casa dos Bicos à instituição, um dia depois da aprovação do acordo em reunião do executivo municipal com os votos contra do PSD e do movimento Lisboa com Carmona.
"A mim amam-me muito neste país, mas também me odeiam bastante", afirmou José Saramago, acrescentando que foi precisa "muita coragem" do presidente da Câmara, António Costa (PS), para avançar com a proposta de ceder a Casa dos Bicos à fundação.
Para o autor prémio Nobel da Literatura, a votação da proposta quarta-feira em reunião de Câmara foi "óptima", porque "em lugar de uma falsa unanimidade, as pessoas foram francas".
Saramago aludiu, sem nomear os vereadores que as proferiram, a afirmações feitas durante a reunião, nomeadamente do vereador do movimento Lisboa com Carmona Pedro Feist, que disse não serem conhecidas iniciativas da fundação.
Logo no início da intervenção, o escritor referiu-se à comparação que o vereador José Manuel Ramos, do mesmo movimento, fez da Casa dos Bicos como representando os "bifes do lombo" da autarquia, sugerindo que fosse cedido um edifício que correspondesse aos "bifes da vazia ou da alcatra".
"Depois de algumas consultas feitas desde ontem a pessoas entendidas em comércio de carnes, posso assegurar-vos que a Casa dos Bicos não é um bife do lombo", disse Saramago.
António Costa, que quarta-feira se referiu à "mesquinhez da direita portuguesa" para justificar algumas objecções à cedência levantadas durante a reunião, afirmou que não há que temer as homenagens.
"Não devemos ter medo de homenagear quem merece ser homenageado", declarou.
Além da homenagem ao único autor português a receber o prémio Nobel da Literatura, dez anos após a distinção, António Costa quis também assinalar os vinte anos que no próximo ano passam sobre a eleição de Saramago como presidente da Assembleia Municipal de Lisboa.
Tanto os eleitos da lista Lisboa com Carmona como do PSD frisaram na quarta-feira não terem objecções à personalidade de Saramago.
A vereadora Margarida Saavedra justificou o voto contra do PSD com a necessidade de a proposta ser ratificada pela Assembleia Municipal e a ausência de esclarecimentos por parte da maioria PS/BE sobre o custo das obras de adaptação da Casa dos Bicos à nova finalidade.
O presidente da Câmara não revelou o valor da intervenção, acrescentando que será "diminuta" e financiada com as contrapartidas anuais do Casino de Lisboa.
Ministro da Cultura saúda "reconciliação" entre Saramago e Portugal
O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, saudou hoje a "reconciliação" entre José Saramago e Portugal, país onde o autor afirmou que se sente muito amado e muito odiado.
"Uma palavra de homenagem a José Saramago e à reconciliação de José Saramago com esta pátria que ele soube fazer voar mais através do que ele escreveu e que se vem reconciliando com ele", afirmou Pinto Ribeiro.
O ministro da Cultura falava durante a assinatura do acordo entre a Câmara de Lisboa e a Fundação José Saramago para a cedência da Casa dos Bicos à instituição, um dia depois da aprovação do acordo em reunião do executivo municipal com os votos contra do PSD e do movimento Lisboa com Carmona.
"A mim amam-me muito neste país, mas também me odeiam bastante", afirmou José Saramago, acrescentando que foi precisa "muita coragem" do presidente da Câmara, António Costa (PS), para avançar com a proposta de ceder a Casa dos Bicos à fundação.
Para o autor prémio Nobel da Literatura, a votação da proposta quarta-feira em reunião de Câmara foi "óptima", porque "em lugar de uma falsa unanimidade, as pessoas foram francas".
Saramago aludiu, sem nomear os vereadores que as proferiram, a afirmações feitas durante a reunião, nomeadamente do vereador do movimento Lisboa com Carmona Pedro Feist, que disse não serem conhecidas iniciativas da fundação.
Logo no início da intervenção, o escritor referiu-se à comparação que o vereador José Manuel Ramos, do mesmo movimento, fez da Casa dos Bicos como representando os "bifes do lombo" da autarquia, sugerindo que fosse cedido um edifício que correspondesse aos "bifes da vazia ou da alcatra".
"Depois de algumas consultas feitas desde ontem a pessoas entendidas em comércio de carnes, posso assegurar-vos que a Casa dos Bicos não é um bife do lombo", disse Saramago.
António Costa, que quarta-feira se referiu à "mesquinhez da direita portuguesa" para justificar algumas objecções à cedência levantadas durante a reunião, afirmou que não há que temer as homenagens.
"Não devemos ter medo de homenagear quem merece ser homenageado", declarou.
Além da homenagem ao único autor português a receber o prémio Nobel da Literatura, dez anos após a distinção, António Costa quis também assinalar os vinte anos que no próximo ano passam sobre a eleição de Saramago como presidente da Assembleia Municipal de Lisboa.
Tanto os eleitos da lista Lisboa com Carmona como do PSD frisaram na quarta-feira não terem objecções à personalidade de Saramago.
A vereadora Margarida Saavedra justificou o voto contra do PSD com a necessidade de a proposta ser ratificada pela Assembleia Municipal e a ausência de esclarecimentos por parte da maioria PS/BE sobre o custo das obras de adaptação da Casa dos Bicos à nova finalidade.
O presidente da Câmara não revelou o valor da intervenção, acrescentando que será "diminuta" e financiada com as contrapartidas anuais do Casino de Lisboa.
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