sexta-feira, julho 27, 2007

Sobre o (mau) exemplo

"Um país, vários radares, duas velocidades
EDITORIAL do DN

Que uma ambulância, bombeiros ou uma perseguição policial justifiquem a ultrapassagem de todos os limites de velocidade impostos ao comum dos condutores nas nossas cidades e estradas, ainda se compreende. E aceita. Agora que se estabeleça uma lista de isenções corporativas em uso normal de funções para uma série de veículos oficiais, indígenas ou estrangeiros, só porque sim, não é uma grande ideia. E não se justifica.
É sabido que o tráfego nas cidades deste país sofre as consequências de um fluxo demasiado febril em velocidade e condução. A instalação dos 21 radares estrategicamente polvilhados pela paisagem da capital produziu já dezenas de milhares de infractores. Imagine-se, pois, neste cenário o efeito junto do condutor reprimido da passagem veloz de um veículo oficial à velocidade que a personalidade sentada no banco de trás considere compatível com os seus superiores interesses.
Já assistíamos a cenas destas nas auto-estradas do País
. Agora, em Lisboa, o espectáculo de um país a duas velocidades aprofunda a ideia de que "eles" continuam a fazer o que lhes apetece. Noção tanto mais inaceitável quanto a pressa no topo do Estado vai desacelerando à medida que vamos descendo na hierarquia para desaguar na lentidão exasperante dos serviços de atendimento. (...)"
(Isabel Goulão)

1 comentário:

Anónimo disse...

Isto está escrito no código da estradas há décadas. Não tem absolutamente nada a ver com os radares!
Parece-me mais uma boca demagógica e maniqueísta para mandar abaixo os radares.