Anteontem, dia de tourada no Campo Pequeno, toureavam-se os bichos dentro da arena.
Cá fora, nos passeios, os traseuntes para circular toureavam os carros.
Cá fora, nos passeios, os traseuntes para circular toureavam os carros.
O parque de estacionamento? "Livre".
(Isabel Goulão)
4 comentários:
Um caso clássico de inacção das autoridades: touradas (e futeboladas) parecem gozar - parecem não, gozam! - de impunidade, no que ao estacionamento concerne.
Questione-se o civismo dos automobilistas, sem dúvida (e de quem gosta de tourada, não há muito de bom a esperar, há que o ter em conta). Mas interrogue-se, sobretudo, a apatia das "autoridades", ao permitir esse tipo de situações. Há infractores por vontade própria. E porque os deixam.
Mais grave que esse estacionamento selvagem, todavia, está essa prática repugnante para lá do que as palavras podem descrever: a tourada.
Costa
CAro leitor,
Este post não é facto sobre touradas. É sobre o que refere e muito bem:
"Um caso clássico de inacção das autoridades: touradas (e futeboladas) parecem gozar - parecem não, gozam! - de impunidade, no que ao estacionamento concerne."
Não estou a criticar touradas mas sim quem não fiscaliza as infracções.
Obviamente que esta situação , assim como no futebol, é recorrente e conta com a apatia das autoridades.
Além do mais, imagine se uma ambulância ou um carro dos bombeiros tem que passar. Como é?
E o parque de estacionamento LIVRE.
ISABEL
Minha senhora,
Eu moro a "meio caminho" do Estádio da Luz e do de Alvalade. A barbárie não me chega, ainda, à porta; fica-se, com religiosa regularidade, a umas escassas esquinas. Até ver.
Perante quem sentir mais repulsa: perante a turba ignorante e bruta, que tudo bloqueia; ou perante a "autoridade" que nada faz (até parece tentar ordenar aquele caos), mas é capaz de me incomodar se eu precisar MESMO de estacionar em 2ª fila, momentaneamente, para, por exemplo, entregar um qualquer documento urgente num serviço público, que não posso evitar, instalado numa rua estreita (provavelmente em instalações projectadas como "garagem"...), e sem estacionamento adequado para o movimento que tal serviço inevitavelmente iria gerar?
Costa
Caro Costa,
Quando diz que "tem MESMO que estacionar em segunda 2ª fila, momentaneamente, para, por exemplo, entregar um qualquer documento urgente num serviço público," está a cometer exactamente o mesmo erro de quem deixa o carro mal estacionado para ver futebol/tourada/etc.
Como imaginará se todos pensarmos desse modo o resultado será o já habitual caos em redor de qualquer serviço público.
Quando diz que "tem MESMO queo fazer" está simplesmente a colocar os seus interesses acima do interesse de todos.
Civismo tem muito a ver com pesar as consequências dos nossos actos para quem coabita o mesmo espaço que nós.
Felizmente existe um conceito denominado "transporte público" que embora atrasado em Portugal permite com conforto e de modo económico transportar um lisboeta que habita "meio caminho do Estádio da Luz e do de Alvalade" à esmagadora maioria dos serviços publicos da cidades.
Da proxima vez que pensar "que tem MESMO que o fazer" lembre-se que está a contribuir para aquilo que você mesmo apelidou de barbárie.
RFS
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