quarta-feira, janeiro 09, 2008

"Estes holandeses devem estar loucos"

Amsterdão: Final de zona trinta à saída de uma rua residencial
Fotografia minha, Novembro 2007
(Isabel G.)

9 comentários:

lanka4earth disse...

pois devem ser..

aproveito a notícia deixada no bananalogic para vos deixar com outra invenção revolucionária por um holandês, o engenheiro das "ruas vivíveis":

roads gone wild

Anónimo disse...

Já aqui deixei algumas notas- links, fotografias e links sobre espaço partilhado
ISABEL

Anónimo disse...

Bem, na Holanda as drogas estão liberalizadas e parece que a eutanásia está legalizada. Se estão loucos ou não, não sei...

Anónimo disse...

Caro anónimo, na holanda as drogas estão despenalizadas e não liberalizadas. Mas tanto esse facto como a eutanásia são resultado de uma maior consciência de liberdade individual. Desde que não se incomode ninguém cada um é livre de escolher. Mas já agora a Holanda é o país da Europa com menos sinistralidade rodoviária. Em Portugal morrem quase 1000 pessoas por ano e outras tantas ficam gravemente feridas todos os anos. Quem é louco?

António C.

Anónimo disse...

Se bem me recordo, não afirmei que alguém estava ou não louco.

Apenas sugeri, e ao de leve, que os países são diferentes, as cidades são diferentes, o que se faz num lado pode ser que não seja exactamente de copiar noutro...

Anónimo disse...

Caro anónimo:
"o que se faz num lado pode ser que não seja exactamente de copiar noutro..."
O que quis dizer com esta fotografia é que as "zonas 30" não são uma "invenção portuguesa". ALiás, são uma prática já antiga em cidades civilizadas.
Agora se as boas práticas podem ser copiadas? Podem e devem. As circunstÂncias locais não são as mesmas. pois não, mas nada é uma inevitabilidade. Podem ser adaptadas e alteradas.
Tudo depende como se quer viver nas cidades.
Nós gostamos de andar calmamente por Estocolmo, Amsterdão, Oslo, etc. Em contrapartida, uma holandesa casada com um amigo meu, tem imensa dificuldade em andar na BAixa... :)
O que se passou com esta notícia sobre as ZONAS 30, e que está a ser alvo de galhofa geral, é que foi tudo mal explicado pelos responsáveis.
Mas se me perguntar se acredito na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR), não acredito :)
Já vi pelo menos três "estratégas " semelhantes em menos de 10 anos.

ISABEL

Anónimo disse...

O anónimo das 10:45 (e das 11:58) agradece a resposta.

E mais, até acredita que toda a galhofa tenha a razão apontada.

E ainda mais, concorda com limitações dessas em zonas devidamente assinaladas e onde isso se justifique.

No entanto, falar em zonas com «forte presença de tráfego pedonal», como está escrito na ENSR, sugere-me pessoal a atravessar à balda fora das passadeiras e a andar sem necessidade pelo meio da rua...

Enfim, sobre assuntos destes cada tuga (como eu) tem sempre algo a dizer, o que não deixa de ser curioso.

Ant.º das Neves Castanho disse...

Diz o roto ao nu...

Ora bem, aqui está um bom exemplo de "zona 30": numa rua residencial, como é óbvio! Chamem-lhe loucos, pois, eles vão importar-se muito...

lanka4earth disse...

“proud to be crazy”.. Como holandesa fui educada a ser peão e ciclista muito antes de aprender a guiar. Mesmo assim tive a oportunidade de vivenciar ambientes de trânsito radicalmente diferentes: desde a subordinação dos carros (sendo as ruas tomadas pelas crianças que aí brincam) em pacatas vilas, passando pela negociação constante entre carro, peão e ciclista (Amesterdão) até à anarquia absoluta de uma megapolis como Bangkok (onde ganha quem estiver em maior número, muitas vezes os peões que montam mercados no meio da rua, às vezes os tuk-tuks que lá são como as bicicletas e poucas vezes o carro pois o trânsito não anda). E não esquecendo as cidades que separam os carros dos outros transeúntes com gigantescas vias e "fly-overs" como Jakarta, Tunis, Singapura. Mas foi em Portugal que experienciei a verdadeira hegemonia do carro, e onde pela primeira vez fui assolada pelo sentimento de "roadrage". Aqui o carro é um verdadeiro túnel, completamente isolado da vida da cidade. Da maneira como o trânsito está desenhado, Lisboa mais parece uma rede de autoestradas.