Mas as fotografias TOP + de 2006, 2007, 2008 são estas:
Estas são junto ao Centro Comercial Colombo.
E também junto aos parques de estacionamento do Corte Inglês, do Campo Pequeno, da Loja do Cidadão nas Laranjeiras, etc. , etc..
4 comentários:
Anónimo
disse...
Carissima vizinha,
Tipico do Bairro aonde habitamos, endividam-se para comprar a Carrinha Mercedes mas depois não têm dinheiro nem para o Parque de estacionamento muito menos para um Alta-Voz para o Telemovel...
Baste ver os calotes aos condominios e das Mercearias do Bairro...
Estas coisas existem por múltiplas razões. As mais invocadas, em regra, são a falta de civismo, o egoísmo, o embrutecimento das pessoas, a sensação de que quando se está ao volante se está acima da lei, etc., etc. Todas essas serão frequentemente verdadeiras e, afinal, meras variantes umas das outras.
Mas dever-se-á ainda invocar - no Colombo e em tantos outros lugares - a inexistência de espaços de estacionamento minimamente compatíveis não tanto com os fluxos de visitantes mas - talvez seja aqui o caso - de pessoas que ali trabalham. Uma coisa é estacionar o carro uma ou duas horas, para um almoço, uma ida ao cinema ou umas compras, outra é estacioná-lo para todo um dia de trabalho, cinco dias (pelo menos) por semana. O preço do estacionamento pago - aos preços a que é pago, pelo menos, torna-se seguramente incomportável. Durante décadas se construiu assim em Lisboa (neste país): edifícios para 100, com estacionamento para 10 - e é ainda assim que se constrói - remetendo-se as pessoas ou para o uso de parques/parquímetros de preço proibitivo para uma utilização mais prolongada, ou indicando-se-lhes, com sobranceria, o uso de um sistema de transportes públicos que manifestamente está ainda muito longe de poder ser invocado sem ou cinismo ou demagogia (porque será afinal que quem ainda pode trazer carro para Lisboa, apesar de tudo, o traz?).
Resta depois a actuação das "autoridades": não nos esqueçamos de que só se cometem infracções porque quem tem o papel de as impedir as permite. E aqui não se trata de uma comissão ocasional e imprevisível, daquelas que só se poderia por completo impedir ou prontamente punir, havendo um polícia por cidadão. Não. Aqui, no caso agora retratado e noutros, a coisa acontece todos os dias e de há muito. Adquiriu quase estatuto de costume. É porque a permitem!
Porque a permitirão? Porque abdicarão de um verdadeiro filão de receita tão fácil de arrecadar? Será por se perceber que a aplicar a lei, com o desejável rigor, possivelmente a grande maioria das lojas, escritórios, serviços, etc., por ali instalados pura e simplesmente não conseguiria operar sem insuportáveis perdas? Por constantes faltas, atrasos, saturação dos seus empregados, apenas por não conseguirem estacionar os carros (nem todos, convém não o ignorar, os usam como meros instrumentos de vaidade e alegada ascensão social).
Ou seja, porque urbanisticamente aquilo - entre outras coisas e paragens - é um gravíssimo disparate impune? Uma coisa que só pode "funcionar bem", com essa dose (essa, pelo menos) de ilegalidade?
Não se pense que aplaudo quem assim estaciona ou quem assim finge que não vê (só pode ser essa a atitude). Simplesmente creio - para nossa grande e duradoura infelicidade - que esta cidade (este país), a ser aplicada devidamente a legislação em matéria de estacionamento, bloqueava, dava um nó cego. Tornava-se impraticável.
Costa
Nota: para quem já por aqui teve a paciência de me ler, nesta questão do estacionamento, fica a precisão: reporto-me aqui a quem tem que estacionar o seu carro durante todo um horário útil e não tem alternativa verdadeira, séria, ao seu automóvel. Não me refiro aos (tantos!) que por um período bem mais curto, e absolutamente aceitável - ou menos escandaloso -em termos de preço, estacionam ilegalmente o seu carro apenas para não pagar ou para o ter "mesmo ali à porta".
Será que conhece o parque de estacionamento gratuito localizado na pontinha e que fica a 2 estações da estação do colombo?
No dia em que estes lugares fossem regularmente bloqueados e multados talvez saísse mais barato comprar um passe e deixar o carro a duas estações de metro de distância.
Chega de comodismo! até porque este "comodismo" se torna um grande incómodo para muitos outros.
Será que conhece o parque de estacionamento gratuito localizado na pontinha e que fica a 2 estações da estação do colombo?
No dia em que estes lugares fossem regularmente bloqueados e multados talvez saísse mais barato comprar um passe e deixar o carro a duas estações de metro de distância.
Chega de comodismo! até porque este "comodismo" se torna um grande incómodo para muitos outros.
António"
---
Pois, cá está. No fundo só se incumpre porque quem devia impedir esse incumprimento o não faz. Nem estamos - quanto a isso - em desacordo, meu caro.
Mas suponho que numa coisa divergimos: eu, pelo menos, não advogo uma actuação severíssima, cega às concretas circunstâncias, e que faça recaír sobre os ombros do automobilista todo o peso de décadas de uma irresponsável "planificação" da cidade (cujos "responsáveis" andam por aí, ainda alguns, em absoluta impunidade).
Isso seria "resolver" o problema à custa de quem menos responsabilidade tem por ele. Muito cómodo, muito vistoso, muito demagógico. Muito injusto.
4 comentários:
Carissima vizinha,
Tipico do Bairro aonde habitamos, endividam-se para comprar a Carrinha Mercedes mas depois não têm dinheiro nem para o Parque de estacionamento muito menos para um Alta-Voz para o Telemovel...
Baste ver os calotes aos condominios e das Mercearias do Bairro...
So fachadas...
Melhores cumprimentos,
Estas coisas existem por múltiplas razões. As mais invocadas, em regra, são a falta de civismo, o egoísmo, o embrutecimento das pessoas, a sensação de que quando se está ao volante se está acima da lei, etc., etc. Todas essas serão frequentemente verdadeiras e, afinal, meras variantes umas das outras.
Mas dever-se-á ainda invocar - no Colombo e em tantos outros lugares - a inexistência de espaços de estacionamento minimamente compatíveis não tanto com os fluxos de visitantes mas - talvez seja aqui o caso - de pessoas que ali trabalham. Uma coisa é estacionar o carro uma ou duas horas, para um almoço, uma ida ao cinema ou umas compras, outra é estacioná-lo para todo um dia de trabalho, cinco dias (pelo menos) por semana. O preço do estacionamento pago - aos preços a que é pago, pelo menos, torna-se seguramente incomportável. Durante décadas se construiu assim em Lisboa (neste país): edifícios para 100, com estacionamento para 10 - e é ainda assim que se constrói - remetendo-se as pessoas ou para o uso de parques/parquímetros de preço proibitivo para uma utilização mais prolongada, ou indicando-se-lhes, com sobranceria, o uso de um sistema de transportes públicos que manifestamente está ainda muito longe de poder ser invocado sem ou cinismo ou demagogia (porque será afinal que quem ainda pode trazer carro para Lisboa, apesar de tudo, o traz?).
Resta depois a actuação das "autoridades": não nos esqueçamos de que só se cometem infracções porque quem tem o papel de as impedir as permite. E aqui não se trata de uma comissão ocasional e imprevisível, daquelas que só se poderia por completo impedir ou prontamente punir, havendo um polícia por cidadão. Não. Aqui, no caso agora retratado e noutros, a coisa acontece todos os dias e de há muito. Adquiriu quase estatuto de costume. É porque a permitem!
Porque a permitirão? Porque abdicarão de um verdadeiro filão de receita tão fácil de arrecadar? Será por se perceber que a aplicar a lei, com o desejável rigor, possivelmente a grande maioria das lojas, escritórios, serviços, etc., por ali instalados pura e simplesmente não conseguiria operar sem insuportáveis perdas? Por constantes faltas, atrasos, saturação dos seus empregados, apenas por não conseguirem estacionar os carros (nem todos, convém não o ignorar, os usam como meros instrumentos de vaidade e alegada ascensão social).
Ou seja, porque urbanisticamente aquilo - entre outras coisas e paragens - é um gravíssimo disparate impune? Uma coisa que só pode "funcionar bem", com essa dose (essa, pelo menos) de ilegalidade?
Não se pense que aplaudo quem assim estaciona ou quem assim finge que não vê (só pode ser essa a atitude). Simplesmente creio - para nossa grande e duradoura infelicidade - que esta cidade (este país), a ser aplicada devidamente a legislação em matéria de estacionamento, bloqueava, dava um nó cego. Tornava-se impraticável.
Costa
Nota: para quem já por aqui teve a paciência de me ler, nesta questão do estacionamento, fica a precisão: reporto-me aqui a quem tem que estacionar o seu carro durante todo um horário útil e não tem alternativa verdadeira, séria, ao seu automóvel. Não me refiro aos (tantos!) que por um período bem mais curto, e absolutamente aceitável - ou menos escandaloso -em termos de preço, estacionam ilegalmente o seu carro apenas para não pagar ou para o ter "mesmo ali à porta".
Caro Costa,
Será que conhece o parque de estacionamento gratuito localizado na pontinha e que fica a 2 estações da estação do colombo?
No dia em que estes lugares fossem regularmente bloqueados e multados talvez saísse mais barato comprar um passe e deixar o carro a duas estações de metro de distância.
Chega de comodismo! até porque este "comodismo" se torna um grande incómodo para muitos outros.
António
"Caro Costa,
Será que conhece o parque de estacionamento gratuito localizado na pontinha e que fica a 2 estações da estação do colombo?
No dia em que estes lugares fossem regularmente bloqueados e multados talvez saísse mais barato comprar um passe e deixar o carro a duas estações de metro de distância.
Chega de comodismo! até porque este "comodismo" se torna um grande incómodo para muitos outros.
António"
---
Pois, cá está. No fundo só se incumpre porque quem devia impedir esse incumprimento o não faz. Nem estamos - quanto a isso - em desacordo, meu caro.
Mas suponho que numa coisa divergimos: eu, pelo menos, não advogo uma actuação severíssima, cega às concretas circunstâncias, e que faça recaír sobre os ombros do automobilista todo o peso de décadas de uma irresponsável "planificação" da cidade (cujos "responsáveis" andam por aí, ainda alguns, em absoluta impunidade).
Isso seria "resolver" o problema à custa de quem menos responsabilidade tem por ele. Muito cómodo, muito vistoso, muito demagógico. Muito injusto.
Saudações,
Costa
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