terça-feira, julho 22, 2008

Rua Conde de Sabugosa - I

21 Jul 08 - 12h25m

Menos de 1 hora mais tarde
HÁ QUE RECONHECER que, na Rua Conde de Sabugosa, em Alvalade, a EMEL actua com frequência - e muito bem; veja-se a 'limpeza' que ontem fez na zona (foto de cima).
Mas veja-se, também, como a 'normalidade do caos' regressou ao mesmo local assim que a carrinha 'virou costas' (foto de baixo)...
*
NOTA: O título deste post tem um índice "I", pois em breve afixarei um curioso "II"...

4 comentários:

Anónimo disse...

Isso é que foi facturar! Entretanto o problema mantém-se: uma cidade absolutamente impreparada para viver sem automóveis e absolutamente impreparada para os acolher (onde se lê "absolutamente", leia-se, querendo, "criminosamente").

Uma cidade que, manifestamente, já não tem solução e que só pode ser "governada" por quem a tanto se "dedica" como mero trampolim - ou travessia de deserto - para outras ambições. Não pela cidade e quem nela habita. É que já nada há a fazer por essa e por esses.

Entretanto pagam os de sempre: entre eles, os condutores; os que não têm como chegar - de forma praticável e não demagógica - onde têm que chegar, sem transporte próprio; nem onde o parquear, de forma igualmente praticável e não demagógica.

Pagam nas multas e na reputação - e dá muito jeito ao Poder que se tornem, os condutores, nos bonecos onde se espetam todos os alfinetes das consciências bem pensantes -; pagando o justo - o que de facto não tem escolha - pelo pecador.

Que evidentemente os há, "pecadores", entre os automobilistas, descarados e em abundância. E até maternalmente protegidos pelas "autoridades" (é escusado voltar à questão do estacionamento perto dos estádios).

Mas não são todos. Definitivamente, por aborrecido que seja (se não mesmo inaceitável heresia), por muito pouco jeito que dê, dizê-lo.

Mesmo quando não têm outro remédio que não pecar.

Costa

Carlos Medina Ribeiro disse...

Ontem à tarde, a Rua Frei Miguel Contreiras tinha DEZENAS de lugares vagos e vários carros bloqueados pela EMEL.

Como morador, posso garntir que, na zona da Av. de Roma, NUNCA faltam lugares de estacionamento (à superfície e subterrâneos), e nem sequer são caros.

O que leva alguém a preferir pagar multa + bloqueio + reboque (em vez de 25 cêntimos) excede a minha capacidade de compreensão.

Anónimo disse...

Se o afirma, só o posso tomar como verdadeiro. Embora os 25 cêntimos, provavelmente, cubram apenas uma pequena fracção do tempo que o carro de um(a) "comum" empregado(a) de escritório, por exemplo, permanece estacionado ao longo do dia.

Falar aqui em 25 cêntimos é um bocado, temo, como apresentar algum bem ou serviço publicitado "a partir de 25 cêntimos". A maior parte das vezes custará consideravelmente mais do que isso.

Partilho, aliás, quanto ao resto, da sua incapacidade para atingir a lógica de tantas pessoas que evitam militantemente os estacionamentos pagos.

Não tanto a lógica de quem precisa de parquear demoradamente, e todos os dias, o seu carro, mas claramente a daquelas que estacionam por uma hora ou duas, ou menos, e não hesitam em atirar com o carro para onde o consigam meter, aí sim em perfeito egoísmo. E aí sim, nada justifica a fuga ao pagamento dos tais 25 cêntimos. Ou mais que seja.

Embora admita que, rodeados de impostos por todos os lados e vistos como verdadeiras vacas leiteiras do Orçamento de Estado, alguns condutores se recusem a pagar até para ter o carro parado. E, já agora, em lugares que, a respeitar-se as marcações no solo, pela exiguidade da área delimitada, fazem de um vulgar (deveria sê-lo) carro familiar um luxuoso "espada" e tornam por vezes a manobra pouco prática e potencialmente geradora de algum dano (tudo é pequeno, neste país de mentes tacanhas).

Tudo radicará, talvez, na incompetência, na arrogância, na corruptibilidade, na venalidade, da Coisa Pública (dos seus agentes, a todos os níveis) e no profundo embrutecimento, falta de educação, desprezo pelo outro, na cultura do desenrasca (desgraçadamente tão louvada), no "safar o meu e os outros que se danem", em que o cidadão português se forma, suspeito, desde tenríssima idade.

E nada disso se muda, a não ser num esforço de gerações. Que ainda nem começou.

Pode-se é lucrar com a situação, claro: mais do que educar, mais do que vigiar e dissuadir (por regra não há policiamento visível, regular, assíduo das nossas ruas; ou não há policiamento de espécie alguma - útil, pelo menos), deixa-se, como verdadeiro modo de operação, perpetrar o ilícito e depois factura-se. É muito mais cómodo e rentável.

E nem em todo o lado, está visto.

Costa

Carlos Medina Ribeiro disse...

Caro Costa,

Quando, um dia destes, eu publicar a parte "II" (continuação do post), perber-se-á melhor o que eu quero dizer.

Nele, vou indicar (e documentar com fotos) inúmeros lugares onde, ali na zona, se pode estacionar de graça e sem se ser incomodado pela EMEL, nem pela PM nem pela PSP.