Os poucos mais de 300 ardinas que existem em Lisboa trabalham em quiosques, acreditam que seria impossível voltarem a apregoar as manchetes do dia e recusam qualquer semelhança com os distribuidores dos jornais gratuitos. O presidente da Associação de Ardinas de Lisboa, José Matias, nem considera os distribuidores dos jornais gratuitos como ardinas.
«Não são ardinas e nem sequer os aceitamos como sócios, só as pessoas que têm quiosques legalizados ou que trabalham por conta de outrem nesses quiosques é que são aceites», disse José Matias.
Para o responsável, as pessoas que distribuem jornais gratuitos estão «numa situação de ilegalidade».
«Há toda uma estrutura montada: temos licença e pagamos uma taxa à Câmara de Lisboa. Eles não têm quiosque e não pagam à câmara pelos espaços que ocupam», disse José Matias. Para o responsável, os ardinas «não estão a lutar em igualdade de circunstâncias».
«Os jornais gratuitos deviam pagar como pagam os outros, estão a ser privilegiados», acrescentou. Em Lisboa, os jornais gratuitos são distribuídos nas estações do metropolitano, nas estações de comboios e em alguns pontos da cidade.
Contactada pela Lusa, fonte do gabinete do vereador dos Espaços Públicos da Câmara de Lisboa, António Proa, afirmou que «as pessoas que distribuem os jornais carecem de um licenciamento por parte da câmara para autorização de ocupação de espaço público e da cobrança de uma taxa de ocupação».
«Mesmo que fosse só uma pessoa a distribuir jornais, precisava de licença, apesar de o jornal ser gratuito», acrescentou. Questionada pela Lusa, a mesma fonte indicou que «não entrou nenhum pedido de licenciamento na câmara» por parte de qualquer jornal gratuito. «A câmara está atenta à situação, vai falar com essas entidades de forma a que a situação fique resolvida e vai enviar equipas de fiscalização a vários pontos da cidade para ver o que se está a passar», garantiu. Fonte da Fertagus, que liga Lisboa à Margem Sul, indicou que o único jornal gratuito distribuído nas suas estações é o Destak, adiantando que a única contrapartida que a publicação dá à empresa é «espaço de informação no mesmo». O Destak escusou-se a comentar esta matéria, alegando não querer dar informações sobre as suas estratégias à concorrência. Por seu lado, Tiago Bugarin, do jornal Metro, defendeu que as licenças «são apenas obrigatórias para distribuição de publicidade, amostras de produtos ou para quiosques que estejam a ocupar a via pública».
«A lei camarária não diz que tenha de ser pedida para a distribuição de um jornal, pelo que não há necessidade de licenciamento», afirmou, adiantando que «as câmaras são informadas» quando se inicia a distribuição de um jornal gratuito numa cidade. De acordo com a Associação dos Ardinas de Lisboa, além da concorrência desleal, a distribuição de jornais gratuitos veio também prejudicar o trabalho dos ardinas. «A quebra das vendas não é acentuada, mas não há duvida que há sempre um ou outro que não compra jornais», indicou. Os ardinas de andar pela rua a apregoar os jornais acabaram nos anos 80, quando surgiram os primeiros quiosques, e hoje acreditam que seria impossível voltarem à venda ambulante. O volume de títulos de jornais que existe actualmente, juntamente com os brindes e as promoções, tornam muito distante a ideia de os ardinas voltarem para a rua. A Associação dos Ardinas de Lisboa conta com 320 sócios, a quem presta apoio social e fiscal.
«Não são ardinas e nem sequer os aceitamos como sócios, só as pessoas que têm quiosques legalizados ou que trabalham por conta de outrem nesses quiosques é que são aceites», disse José Matias.
Para o responsável, as pessoas que distribuem jornais gratuitos estão «numa situação de ilegalidade».
«Há toda uma estrutura montada: temos licença e pagamos uma taxa à Câmara de Lisboa. Eles não têm quiosque e não pagam à câmara pelos espaços que ocupam», disse José Matias. Para o responsável, os ardinas «não estão a lutar em igualdade de circunstâncias».
«Os jornais gratuitos deviam pagar como pagam os outros, estão a ser privilegiados», acrescentou. Em Lisboa, os jornais gratuitos são distribuídos nas estações do metropolitano, nas estações de comboios e em alguns pontos da cidade.
Contactada pela Lusa, fonte do gabinete do vereador dos Espaços Públicos da Câmara de Lisboa, António Proa, afirmou que «as pessoas que distribuem os jornais carecem de um licenciamento por parte da câmara para autorização de ocupação de espaço público e da cobrança de uma taxa de ocupação».
«Mesmo que fosse só uma pessoa a distribuir jornais, precisava de licença, apesar de o jornal ser gratuito», acrescentou. Questionada pela Lusa, a mesma fonte indicou que «não entrou nenhum pedido de licenciamento na câmara» por parte de qualquer jornal gratuito. «A câmara está atenta à situação, vai falar com essas entidades de forma a que a situação fique resolvida e vai enviar equipas de fiscalização a vários pontos da cidade para ver o que se está a passar», garantiu. Fonte da Fertagus, que liga Lisboa à Margem Sul, indicou que o único jornal gratuito distribuído nas suas estações é o Destak, adiantando que a única contrapartida que a publicação dá à empresa é «espaço de informação no mesmo». O Destak escusou-se a comentar esta matéria, alegando não querer dar informações sobre as suas estratégias à concorrência. Por seu lado, Tiago Bugarin, do jornal Metro, defendeu que as licenças «são apenas obrigatórias para distribuição de publicidade, amostras de produtos ou para quiosques que estejam a ocupar a via pública».
«A lei camarária não diz que tenha de ser pedida para a distribuição de um jornal, pelo que não há necessidade de licenciamento», afirmou, adiantando que «as câmaras são informadas» quando se inicia a distribuição de um jornal gratuito numa cidade. De acordo com a Associação dos Ardinas de Lisboa, além da concorrência desleal, a distribuição de jornais gratuitos veio também prejudicar o trabalho dos ardinas. «A quebra das vendas não é acentuada, mas não há duvida que há sempre um ou outro que não compra jornais», indicou. Os ardinas de andar pela rua a apregoar os jornais acabaram nos anos 80, quando surgiram os primeiros quiosques, e hoje acreditam que seria impossível voltarem à venda ambulante. O volume de títulos de jornais que existe actualmente, juntamente com os brindes e as promoções, tornam muito distante a ideia de os ardinas voltarem para a rua. A Associação dos Ardinas de Lisboa conta com 320 sócios, a quem presta apoio social e fiscal.
Fonte: Lusa
2 comentários:
E as prendinhas? Volta e meia, lá vem um chocolatinho, um sumo, uma aguinha, uma amostra disto ou daquilo.
Devia ser proibido!
mais as prendas para os responsaveis da associaçao
Enviar um comentário