quinta-feira, março 15, 2007

Desperta... dores

DE HÁ MUITOS ANOS A ESTA PARTE que, de 2ª a 6ª feira, eu e muitos dos meus vizinhos somos despertados, todas as manhãs, devido a uma sequência de acontecimentos tão irritante quanto inelutável.

Sucede que moramos numa das principais entradas da cidade, onde uma dezena de automoblistas (ignorando os parques de estacionamento que, ali perto, estão permanentemente "às moscas") deixa os seus carros nas paragens de autocarros obrigando estes, quando chegam, a ocupar uma das faixas de rodagem.

Em consequência disso, seguem-se engarrafamentos monstruosos associados a buzinadelas e a sirenes de ambulância que, como se diz no início, acordam quem ainda estiver a dormir.

Até aqui, nada de novo. A curiosidade reside apenas no facto de eu ter vindo a saber que as "lojas dos chineses" aqui da zona... já deixaram de vender despertadores!

Carta publicada no «DN» de 16 Mar 07
-
NOTA: A imagem que aqui se vê tem cerca de dois meses e meio. Por isso, para ilustrar este post, estive vai-não-vai para ir buscar a máquina fotográfica e obter outra mais actual. Mas, pensando bem, porquê gastar solas, pachorra e bits para, no fim de contas, obter uma imagem em tudo semelhante?!

4 comentários:

Anónimo disse...

Já agora, chamo a atenção para esta:

Quem pretender atravessar do renovado Campo Pequeno para o outro lado da Av. da República, depara com uma primeira passadeira, com sinais luminosos, até à placa central da Avenida.

Aí chegado, percebe que, em frente, não há continuação para a travessia. Após olhar à sua volta, decobre que terá de andar uns vinte e cinco metros para a esquerda, onde há outra passadeira com sinais luminosos, como a anterior.

Depois de a pecorrer, chega a uma «ilha» (antes de atravessar a faixa lateral), onde à sua frente não encontra nem sinais, nem zebra, nem nada. Se estiver para isso, descobre que tem de regressar os mesmos vinte e cinco metros, agora à direita, onde encontrará uma zebra (nada de sinais luminosos aqui).

Só por flagrante desmazelo ou poupança ou falta de consideração pelo cidadão peão é que não está tudo em seguimento, como seria natural e lógico.

(Fácil é supôr a aventura e o teste à paciência de quem quiser atravessar ao contrário, do lado da Av. Júlio Dinis para a praça do Campo Pequeno.)

Carlos Medina Ribeiro disse...

Meu caro,

Imagina algum governante, passado ou presente, a secar nas bichas da Segurança Social, das Finanças, ou mesmo dos CTT?

Ou numa maca, num corredor de um hospital?

Ou apertado, no Metro, em hora-de-ponta?

O que eu quero dizer com isso é que a maioria dos responsáveis pela resolução dos problemas que afligem o cidadão comum não os sente na pele.

Anónimo disse...

Obrigado pelo feedback.

Acrescento que nessa zona a Av. da República, no sentido Entre-Campos Saldanha, tem cinco faixas de rodagem.

Ao contrário do que é normal, as TRÊS faixas da esquerda são para virar à esquerda, sendo as DUAS da direita para seguir em frente (e a mais à direita de todas é uma faixa bus).

Só que, como a sinalização horizontal está sumidíssima, há constantemente automobilistas que se colocam na faixa da direita das 3 faixas que são para virar à esquerda e querem seguir em frente. Quando abre o sinal para seguir em frente, ficam espantados por o trânsito na sua faixa não avançar e desatam a buzinar.

É todos os dias.

E a causa é não haver uma sinalização horizontal bem visível e explícita. Há imenso tempo.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Acabei de passar por essa zona e vi alguns carros, estacionados em cima do passeio, bloqueados pela EMEL.

O que é espantoso é ver outros a chegar... e a estacionarem ao lado desses - tal é o hábito da impunidade.

Anteontem, na Av. Roma, assisti a uma cena ainda mais caricata, mas reservo essa rábula para um "post" a colocar um dia destes.