Mais de duas mil toneladas de aço e 36 mil metros cúbicos de betão foram usadas na construção do Túnel do Marquês, em Lisboa, que terá 40 câmaras em vigilância constante e cujo ar será permanentemente monitorizado. O responsável da Câmara de Lisboa pela obra, Vítor Damião, disse hoje aos jornalistas numa visita guiada que o limite de velocidade dentro do túnel, que está já equipado com um radar, será de 50 quilómetros por hora. Segundo Vítor Damião, "a essa velocidade o túnel é seguríssimo, mesmo com a inclinação" de 9,3 por cento na entrada das Amoreiras. O trânsito de pesados e transportes colectivos será vedado, uma decisão que teve "motivos de segurança" e pesou o facto de os transportes precisarem de circular à superfície para fazer paragens. Dentro do túnel, onde se realizam agora testes de segurança, o ar é constantemente monitorizado, precavendo acumulações de gases nocivos, fumos ou incêndios e renovado através de um total de 14 ventiladores. "Como o ar é constantemente renovado, será até melhor do que no exterior", garantiu Vítor Damião. Em caso de sinistro, o tempo estimado de acesso dos bombeiros é de "quatro minutos", adiantou o vereador lisboeta das Obras Municipais, Pedro Feist.
Sensores de trânsito detectam eventuais engarrafamentos e podem coordenar os semáforos no exterior de maneira a que fechem para facilitar o esvaziamento do túnel, em situações de necessidade. O piso do túnel é revestido com mais de vinte mil metros quadrados de um pavimento rugoso que facilita a travagem. O desenho dos separadores centrais foi pensado para prevenir colisões frontais com as colunas, devido a uma inclinação que teria evitado a morte da Princesa Diana, cujo carro embateu contra uma coluna num túnel na cidade de Paris, referiu Vítor Damião. Quarenta câmaras de vigilância cobrem todo o espaço subterrâneo e das entradas e são monitorizadas numa sala de comando, no centro do túnel, cujas paredes são revestidas por 1,4 milhões de azulejos e iluminadas por 1200 lâmpadas. Os condutores terão painéis de informação sempre à vista nos 1.725 metros de extensão do túnel, referiu Vítor Damião. Ao longo das obras, que duraram mais de quatro anos a um custo total estimado em 18,7 milhões de euros, foram escavados 150 mil metros cúbicos. Trinta e seis mil metros cúbicos de betão foram usados na construção, sustentada também por 2,3 mil toneladas de aço. Segundo os números da autarquia, uma média de 100 trabalhadores por dia cumpriu 19.628 horas de trabalho.
Fonte: Lusa
1 comentário:
Estou a ver. Se o ar no interior do túnel vai ser assim tão bom, não tarda nada os médicos vão receitar curas de ares por lá.
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