Será que é desta que vão começar a dar uso aos parquímetros que colocaram há seis anos nos parques à frente e por detrás dos prédios da Avenida dos E.U.A., junto ao estádio do INATEL? Todos os dias vejo pessoas que ali estacionam, cantando e rindo, sem pagar um cêntimo que seja, a começar pelo senhor do stand Saraicar, que tem mais de uma dezena de carros ali estacionados à espera de comprador!
In Diário de Notícias
4 comentários:
Na Rua de S. Bento também os colocaram há anos e é uma rua onde além de não terem uso o estacionamento à balda dá todos os dias buzinadelas e engarrafamentos.
Mas a AR é logo ali, pelo que os senhores deputados que se queixem. Façam alguma coisa, caraças.
Então aqui fica um relato de uma cena verídica passada há 2 anos:
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Ricas moedinhas...
Na semana passada, às 12h 25m, numa Av. Guerra Junqueiro cheia de gente, dois indivíduos «com pinta de ucranianos» assaltavam um parquímetro - o que, pelo que vim a saber, andavam a fazer «em série» pela rua abaixo.
E aquilo demorava algum tempo pois, quando me aproximei e me apercebi do que se passava, já havia umas 10 pessoas... a ASSISTIR - e, de certa forma, a apreciar a arte.
Ora, não tendo eu compleição física para intervir numa situação dessas (nem pelos vistos, poderia esperar ajuda dos presentes), olhei em volta em busca de um dos inúmeros agentes da Polícia Municipal que costumam andar por ali a enxotar os vendedores ambulantes: mas, como que por magia, todos se haviam eclipsado.
Resolvi, então, chamar a polícia por telemóvel mas, quando fazia a ligação, vi um graduado da PSP, parado ali a uns 30 metros e corri para ele, alertando-o para o que se estava a passar «nas suas barbas».
«Ai os malandros!» - respondeu-me - «Eu é que não posso ir atrás deles, pois estou de serviço aqui à Zara! Mas vou ligar para a esquadra».
Nota final:
Depois de os jovens, em passada decidida mas calma, se terem afastado dali a caminho do próximo parquímetro, passando por entre os «espectadores», estes dividiram-se:
Enquanto uns reclamavam contra os imigrantes e outros exigiam a pena-de-morte para a ladroagem, os mais pragmáticos baixavam-se para apanhar algumas moedinhas que os ladrões haviam deixado cair...
Desculpem lá mas, já agora (e sobre o mesmo assunto de limpadores de parquímetros), aqui fica uma outra crónica, esta de Junho de 2005:
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Os parquímetros e o défice
Chamam-lhe «o Zé do Boné» - por andar sempre com um, já se vê.
Tem uns vinte anitos, usa um brinco na orelha esquerda, e é encontrável com frequência nas Avenidas Novas, que percorre sempre muito depressa como se estivesse em risco de perder o comboio.
E trabalha que se farta!
A sua única ocupação é limpar o dinheiro dos parquímetros (o que faz num ápice e à luz do dia, perante a cobardia dos cidadãos e a impotência das autoridades, que reduz ao mais espantoso ridículo), tarefa para a qual usa como ferramenta apenas um pauzinho do tamanho de um palito.
Hoje fui dar com ele, abatido, a falar com um colega de profissão.
Encostados a um parquímetro liam, sem esconder o seu aborrecimento, a notícia do jornal «metro»:
«COFRES DOS EQUIPAMENTOS VÃO PASSAR A SER ESVAZIADOS MAIS VEZES POR DIA».
«Bolas!» - comentava o Zé - «Deve ser por causa do défice que agora ainda querem que aumentemos o ritmo de trabalho!»
Normalmente os ladrões roubam por que precisam, concluindo pois que pelo menos o dinheiro dos parquímetros não vai todo para os bolsos de outros ......... que ainda por cima não precisam
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