(de Graça Vargas)
Indiferente ao calor, ao vento, ao frio,
poeta irmão das árvores, fixei
meus pés, minha raíz, junto de um rio,
na planície mais verde que encontrei.
Dei-me de abrigo às aves e escutei
seus cânticos de mágoa e de alegria.
Em flores e frutos sãos me derramei,
para gáudio da gente que os colhia.
E hoje, às folhas que sinto a cada hora
voarem-me dos ramos (ou dos braços?),
digo sem hesitar que há mais espaços
além deste em que o tempo se demora.
- Torquato da Luz, Irmão das árvores
4 comentários:
(...) e por falar em 'esplendor estético', este efeito da ponte numa inesperada desmaterialização de encontros do 3º grau, é mesmo digna de registo - neste caso, o acaso(!) do olhar fez o/a artista!
Curiosamente a foto já não é em Lisboa cidade.
Que falta faz a regionalização, que traga uma identidade à AML
É, de facto, uma estética sublime! A Autora da foto (Graça Vargas) sob capturar o momento, único!
A foto foi tirada nas imediações da Expo.
(...) onde antes existiam terrenos contaminados, na foz de um não menos poluído Trancão.
- quem diria!
AB
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