Ligação pedonal Baixa-Carmo e esplanada sobre Lisboa estarão prontas em 2009
25.04.2008, Catarina Prelhaz-PUBLICO
Primeiro projecto-chave para a revitalização da Baixa custa 2,5 milhões de euros, mas a câmara terá ainda de pagar a reconstrução de edifícios demolidos da GNR
Lisboa vai ganhar um percurso pedonal para facilitar a ligação entre a Baixa e o Largo do Carmo, onde verá também nascer um novo miradouro nos terraços do quartel da GNR. O primeiro projecto estruturante para a revitalização da Baixa deverá estar pronto em Setembro de 2009 e custará à autarquia 2,5 milhões de euros.
O plano prevê ligar a Rua Garrett às ruínas do Convento do Carmo (e elevador de Santa Justa) através de um passadiço com origem no Pátio B (espaço existente nas traseiras da Rua do Carmo). O percurso terminará nos terraços do Quartel do Carmo, onde três edifícios da GNR serão demolidos para darem lugar a uma esplanada ajardinada através da qual se poderá aceder ao futuro museu da Guarda Nacional Republicana.
Os anexos que vão ser demolidos acolhem actualmente a tipografia e camaratas da GNR, pelo que a Câmara terá de reconstrui-los noutro local. O montante necessário, a acrescentar aos 2,5 milhões de euros da dupla intervenção que deverão ser pagos com as contrapartidas do Casino de Lisboa, terá de ser assegurada pela autarquia, que se escusa para já a precisar o valor da compensação. "Estamos ainda a negociar esse montante com a GNR, mas o acordo prevê que, uma vez que demolimos os três edifícios, teremos de construí-los noutro local", justificou ontem o presidente da câmara, António Costa, após a assinatura do protocolo que permitirá o arranque do projecto.
A ligação pedonal da autoria do arquitecto Siza Vieira, já estava prevista há cerca de 17 anos no plano de pormenor para a reabilitação do Chiado na sequência do incêndio que atingiu aquela zona histórica da cidade.
Com a construção do acesso vertical entre o vale da Baixa e o castelo através do mercado de Chão do Loureiro, ficarão assim ligadas duas das vertentes históricas de Lisboa. Para esta segunda intervenção estruturante ainda não há datas, mas António Costa conta que as obras arranquem antes do final do actual mandato do executivo municipal. "Temos de apostar em libertar espaços que podem e devem ser devolvidos à fruição pública", sublinhou o presidente da autarquia.
Quanto ao elevador do edifício Leonel, construído para ligar a Rua do Carmo ao elevador de Santa Justa, António Costa admitiu que continuará parado até que o imóvel (já concluído) seja devidamente licenciado pelos serviços camarários.
Para além dos planos de acesso do vale da Baixa ao Carmo e ao castelo, a Câmara tenciona avançar com outros dois projectos estruturantes para a revitalização da Baixa até ao final do mandato, em 2009: a criação do Museu do Design e da Moda na antiga sede do BNU (Rua Augusta) e a instalação do museu do Banco de Portugal na antiga Igreja de S. Julião (actualmente utilizada como garagem daquela instituição bancária), junto aos Paços do Concelho, um projecto do arquitecto Gonçalo Byrne que, segundo António Costa, "já está na câmara para apreciação".
"Finalmente vamos poder passar à prática um plano de revitalização pensado ao longo do mandato anterior e que é necessário para dar outra vida à Baixa-Chiado", enfatizou António Costa.(ISABEL G)
25.04.2008, Catarina Prelhaz-PUBLICO
Primeiro projecto-chave para a revitalização da Baixa custa 2,5 milhões de euros, mas a câmara terá ainda de pagar a reconstrução de edifícios demolidos da GNR
Lisboa vai ganhar um percurso pedonal para facilitar a ligação entre a Baixa e o Largo do Carmo, onde verá também nascer um novo miradouro nos terraços do quartel da GNR. O primeiro projecto estruturante para a revitalização da Baixa deverá estar pronto em Setembro de 2009 e custará à autarquia 2,5 milhões de euros.
O plano prevê ligar a Rua Garrett às ruínas do Convento do Carmo (e elevador de Santa Justa) através de um passadiço com origem no Pátio B (espaço existente nas traseiras da Rua do Carmo). O percurso terminará nos terraços do Quartel do Carmo, onde três edifícios da GNR serão demolidos para darem lugar a uma esplanada ajardinada através da qual se poderá aceder ao futuro museu da Guarda Nacional Republicana.
Os anexos que vão ser demolidos acolhem actualmente a tipografia e camaratas da GNR, pelo que a Câmara terá de reconstrui-los noutro local. O montante necessário, a acrescentar aos 2,5 milhões de euros da dupla intervenção que deverão ser pagos com as contrapartidas do Casino de Lisboa, terá de ser assegurada pela autarquia, que se escusa para já a precisar o valor da compensação. "Estamos ainda a negociar esse montante com a GNR, mas o acordo prevê que, uma vez que demolimos os três edifícios, teremos de construí-los noutro local", justificou ontem o presidente da câmara, António Costa, após a assinatura do protocolo que permitirá o arranque do projecto.
A ligação pedonal da autoria do arquitecto Siza Vieira, já estava prevista há cerca de 17 anos no plano de pormenor para a reabilitação do Chiado na sequência do incêndio que atingiu aquela zona histórica da cidade.
Com a construção do acesso vertical entre o vale da Baixa e o castelo através do mercado de Chão do Loureiro, ficarão assim ligadas duas das vertentes históricas de Lisboa. Para esta segunda intervenção estruturante ainda não há datas, mas António Costa conta que as obras arranquem antes do final do actual mandato do executivo municipal. "Temos de apostar em libertar espaços que podem e devem ser devolvidos à fruição pública", sublinhou o presidente da autarquia.
Quanto ao elevador do edifício Leonel, construído para ligar a Rua do Carmo ao elevador de Santa Justa, António Costa admitiu que continuará parado até que o imóvel (já concluído) seja devidamente licenciado pelos serviços camarários.
Para além dos planos de acesso do vale da Baixa ao Carmo e ao castelo, a Câmara tenciona avançar com outros dois projectos estruturantes para a revitalização da Baixa até ao final do mandato, em 2009: a criação do Museu do Design e da Moda na antiga sede do BNU (Rua Augusta) e a instalação do museu do Banco de Portugal na antiga Igreja de S. Julião (actualmente utilizada como garagem daquela instituição bancária), junto aos Paços do Concelho, um projecto do arquitecto Gonçalo Byrne que, segundo António Costa, "já está na câmara para apreciação".
"Finalmente vamos poder passar à prática um plano de revitalização pensado ao longo do mandato anterior e que é necessário para dar outra vida à Baixa-Chiado", enfatizou António Costa.(ISABEL G)
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